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Jogos Pan-Americanos

Com bronzes, Brasil mantém 100% de medalhas no judô feminino

Mariana Silva e Maria Portela sobem ao pódio e mantém 100% de medalhas entre mulheres; Penalber também fica em terceiro

13 jul 2015 - 22h14
(atualizado às 23h11)
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Se a meta de 14 medalhas em 14 disputas do judô brasileiro nos Jogos Pan-Americanos foi quebrada pela derrota de Alex Pombo na disputa pelo bronze, pelo menos o judô feminino continua com a escrita de 100% de aproveitamento em medalhas.

Após um ouro de Érika Miranda e dois bronzes com Nathalia Brígida e Rafaela Silva, nesta segunda-feira foi a vez de Mariana Silva e Maria Portela garantirem mais dois terceiros lugares no complexo de Missisauga, a cerca de uma hora de Toronto. A noite “bronzeada” do Brasil no terceiro dia de competições do judô foi completada com a vitória de Victor Penalber na categoria meio-médio.

Mariana Silva exibe sua medalha de bronze
Mariana Silva exibe sua medalha de bronze
Foto: Eduardo Palácio / Terra

A primeira a conquistar medalha foi Mariana Silva, que disputava sua primeira edição de Jogos Pan-Americanos. Após ser dominada na semifinal pela canadense Stéfanie Tremblay, a brasileira resolveu se impor desde o início da disputa pelo bronze com a colombiana Diana Velasco.

Depois de um início de muita pegadas de manga e pouca ação, com direito até a punição de um shido para cada uma, a brasileira passou a explorar mais a perna da rival e chegou a conseguir uma queda, que primeiro os juízes marcaram um yuko, mas depois voltaram atrás.

Após ouro, judoca come pizza, sorvete e namora com medalha:

Mariana não se abalou e faltando um minuto e 10 segundos para o fim da luta, aplicou novo golpe para conseguir um yuko válido. A vantagem da brasileira fez com que a colombiana saísse do controle e tentasse a todo custo virar a luta.

Com 10 segundos para o fim, a brasileira ainda conseguiu um waza-ari para sacramentar a vitória. A comemoração foi seguida de muito choro da judoca de 25 anos, que conquistou sua primeira medalha em Jogos Pan-Americanos.

"Eu fiquei muito feliz com a minha conquista. Meu objetivo era subir no lugar mais alto do pódio. Infelizmente não consegui, mas vou continuar batalhando pelo próximo desafio que é o Mundial. Vou continuar melhorando para alcançar uma medalha olímpica", disse Mariana.

Portela tem dia de lutas sofridas

Com certeza, a judoca que mais angustiou torcida e comissão técnica do Brasil nesta segunda-feira foi Maria Portela. A brasileira conseguiu virar uma luta faltando 10 segundos na sua estreia, perdeu por yuko com 30 segundos para o fim na semifinal e só conquistou a medalha de bronze, graças a um shido tomado pela adversária a pouco mais de um minuto do final.

Maria Portela supera a mexicana Andrea Poo para conquistar o bronze
Maria Portela supera a mexicana Andrea Poo para conquistar o bronze
Foto: Eduardo Palácio / Terra

No duelo que garantiu o bronze, a brasileira recebeu palavras fortes da técnica Rosicleia Campos antes de entrar no tatame. Os gritos da treinadora já deixaram a judoca “pilhada” no início do confronto. Do lado de fora, Rosicleia também não continha o nervosismo, tanto que acabou tomando uma bronca do juiz responsável pela luta.

Controlando o combate, a brasileira foi premiada com uma advertência contra a mexicana Andrea Poo, com pouco mais de um minuto para o fim. A brasileira ainda quase conseguiu um ippon faltando 30 segundos. Os segundos finais porém foram nervosos, com a mexicana tentando uma sobrevida que não deu resultado.

Penalber deixa cansaço de lado e se impõe

Depois de sair visivelmente cansado e sem poder de reação da luta contra o cubano Ivan Felipe Silva, Victor Penalber também foi outro que mudou a postura para a disputa da medalha de bronze. O brasileiro dominou desde o início a luta com o portorriquenho Gadiel Miranda.

Victor Penalber ficou com o bronze da categoria -81 kg
Victor Penalber ficou com o bronze da categoria -81 kg
Foto: Eduardo Palácio / Terra

Com 3min48s, uma decisão polêmica quase deixou o brasileiro em desvantagem. Após aplicar um golpe e derrubar o adversário de lado, Penalber acabou levando um contra-golpe e caiu no tatame. O juiz marcou primeiro um yuko a favor do portorriquenho, mas depois de análise dos árbitros de mesa a pontuação foi consertada e o yuko acabou dado para o brasileiro.

Precisando virar o confronto, Gadiel Miranda tentou colocar a luta para baixo, mas Penalber controlou a estratégia do adversário. Em um deslize, o brasileiro aproveitou uma brecha e aplicou um belo ippon para garantir a vitória e a medalha de bronze. Apesar do terceiro lugar, o Brasil vê uma queda de produção na categoria meio-médio, já que Leandro Guilheiro havia conquistado o ouro em Guadalajara 2011.

"O bronze é sempre importante, principalmente em Jogos Pan-Americanos. Sempre ruim vir de uma derrota na semifinal, já que sonhamos com o ouro, é uma queda muito dura, mas o judô nos ensina levantar e lutar de novo. É levantar e refazer o sonho", afirmou Penalber.

Victor Penalber ficou na terceira posição e levou o bronze na categoria até 81kg
Victor Penalber ficou na terceira posição e levou o bronze na categoria até 81kg
Foto: Eduardo Palacio / Terra
Fonte: Terra
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