Nem Juca! Por Rio, bela do polo equilibra estudos com treino
Uma das principais destaques do polo aquático brasileiro, Mirella Coutinho tem vida diferente na faculdade por causa da Seleção
Vida de atleta não é fácil. Ainda mais antes de uma aguardada Olimpíada em território brasileiro. Em seu segundo Pan-Americano, Mirella Coutinho, destaque do polo aquático feminino do País que sonha em competir no próximo ano no Rio de Janeiro, é obrigada a equilibrar a vida pessoal com a rotina cansativa de treinos e viagens para torneios. Nem nos Jogos Universitários de Comunicação e Artes (Juca), competição esportiva entre faculdades de São Paulo com espaço para festas entre estudantes, é possível participar.
Atualmente, Mirella cursa Publicidade no Mackenzie, tradicional faculdade de São Paulo com notório apoio ao esporte – ultimamente, contudo, não tem tido sucesso em Jucas, apesar de ser a maior vencedora de todos os tempos. E dá para equilibrar a faculdade com a Seleção Brasileira de polo aquático? Dá. Até com regalias especiais pelo destaque esportivo no cenário mundial.
“Faço Mackenzie. O Mackenzie eu não larguei, mas faço menos matérias. Então eu vou me formar em muito mais tempo (do que as outras pessoas do meu curso). Dá para equilibrar (estudo, treinos e viagens). Agora estou de férias. Eles apoiam bastante, sempre com a carta da CBDA eles deixam fazer provas substitutivas, trabalhos”, relatou a jovem de 20 anos, em seu segundo Pan-Americano.
Mas com benefícios vêm sacrifícios. Entre eles, a impossibilidade de participar do Juca, festa universitária de quatro dias com competição esportiva entre faculdades que costuma acontecer em uma cidade do interior de São Paulo. “Não jogo (pelo Mackenzie). Era para eu nadar pelo Mackenzie, mas nunca consegui participar de um Juca porque estou sempre viajando”, contou ao Terra.
Recentemente, a bela atleta chegou até a ter uma oportunidade internacional: estudar no paradisíaco Havaí. A garota, contudo, não se acostumou com a cultura local e teve que voltar mais cedo – a reapresentação à Seleção Brasileira estava marcada para maio com o retorno das atletas espalhadas pelo mundo, mas Mirella fez a viagem mais cedo.
“Eu fui estudar no Havaí, recebi a bolsa integral da faculdade. Fiquei um ano e meio e acabei não me adaptando muito bem, por causa da cultura e enfim. Acabei voltando porque queria treinar mais tempo com meu time para a Olimpíada. Agora era obrigatório voltar em maio, mas eu voltei antes, no começo do ano”, explicou.
Mesmo com a rotina cansativa, Mirella Coutinho tem feito bonito no Pan e é uma das principais jogadoras do Brasil na competição. E, como não haverá polo aquático para o resto da vida, tem a maturidade de saber a importância de concluir um curso universitário. Mesmo que leve muito mais tempo que seus amigos...