Não é só Mr. Pan e Cielo! Natação brasileira encerra em alta

A natação brasileira fechou a sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto com dez medalhas de ouro, seis de prata e quatro de bronze e ficou atrás apenas da equipe B dos Estados Unidos. Em Toronto, o Brasil conquistou o mesmo número de medalhas que Guadalajara 2011, ficando atrás apenas em número de pratas. Além dos números frios, o outro fator positivo foi que o País não está mais tão refém de Thiago Pereira e Cesar Cielo.

Aos 29 anos, Pereira foi ao Canadá com o objetivo de se tornar o maior medalhista da história da competição e conseguiu. Somou três ouros em revezamentos, 1 prata nos 200 m medley e um bronze nos 200 m peito para chegar a 23 na carreira, superando o ex-ginasta cubano Erick Lopez.

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A única frustração de Thiago foi ter perdido a medalha de ouro nos 400 m medley, após os juízes encontrarem uma irregularidade em seu momento na passagem do nado peito para o crawl.

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Por sua vez, Cielo, bicampeão pan-americano nos 50 e 100 m livre no Rio 2007 e Guadalajara 2011, decidiu se poupar da competição para se concentrar exclusivamente para o Mundial de Esportes Aquáticos de Kazhan, na Rússia. Para Thiago Pereira, a natação brasileira tem de parar de ser personalista e virar um time, como os Estados Unidos.

“A gente tem de começar a ser Time Brasil. Os Jogos Olímpicos serão muito difíceis e temos de estar unidos. Sem uma equipe unida, não vamos conseguir bons resultados”, afirmou Pereira, de 29 anos.

Além das dez medalhas de ouro, o Brasil quebrou nove recordes pan-americanos e alguns nadadores como Henrique Rodrigues (200 m medley), Etiene Medeiros (100 m costas) e Felipe França (100 m peito) fizeram tempos que os colocam entre os mais rápidos do mundo.

Entre as revelações surgiram nomes como Brandonn Almeida, 19 anos, ouro nos 400 m medley e bronze nos 1500 m. “A nossa natação costuma ter uma ou três medalhas olímpicas e a gente precisa ter mais atletas para fazer o nosso esporte crescer”, comentou Thiago.