Brasil encaminha 1º lugar no polo com show para 30 pessoas
Seleção Brasileira feminina de polo aquático faz 18 a 1 na Venezuela, em duelo quase sem público no Pan de Toronto
Se você está acostumado com jogos com grandes públicos, é porque nunca assistiu a partidas preliminares em um Pan no Canadá, que sofre para empolgar os locais. Com cerca de 30 pessoas nas vazias arquibancadas que contavam com mais voluntários e membros das delegações, o Brasil se classificou para a semifinal do polo aquático feminino dos Jogos Pan-Americanos de 2015. Na manhã desta quinta-feira, a Seleção fez excelente partida e confirmou o favoritismo para bater a Venezuela por absurdos 18 a 1. Um show das belas atletas nacionais.
A vitória das brasileiras encaminha a classificação para a semifinal na primeira posição, objetivo do País. Isso porque o Canadá, com quem o Brasil empatou na estreia, havia vencido a Venezuela por uma margem menor, de 11 gols. Agora, as canadenses pegam Porto Rico ainda nesta quinta - as atletas nacionais já mergulham na piscina contra o mesmo país portorriquenho sabendo do resultado que precisam para ficar em primeiro e fugir dos Estados Unidos.
“Nosso objetivo aqui nesse Pan-Americano é mudar a cor da medalha, do bronze para a prata. Sendo realista, os Estados Unidos estão superiores. Dá para ganhar do Canadá, como a gente empatou temos que ter mais saldo do que elas. Então vamos passo por passo para a gente conseguir chegar na semifinal e fugir dos EUA na semi, porque é realmente difícil ganhar delas”, explicou Mirella Coutinho após o duelo.
A Seleção imprimiu seu ritmo desde o início do jogo e não deu chances para a Venezuela. Com uma ótima atuação do sistema defensivo - e mais uma vez bom jogo da goleira nacional, como na estreia - a Seleção conseguiu vencer se quase levar gols. No ataque, o Brasil mostrou habilidade com muitos gols por cobertura e conseguiu construir o resultado com naturalidade.
O primeiro tempo, dividido em dois períodos, já terminou com goleada por 6 a 0. A segunda etapa deu sequência ao passeio: a frágil Venezuela demonstrou muitas deficiências tanto na frente quanto atrás e pouco fez para assustar as atletas nacionais. O terceiro período, inclusive, contou com goleada absurda por 7 a 1. A artilheira nacional foi Izabella Chiappini, com show com sete gols - mais que o dobro que a segunda no quesito, que anotou três tentos.
Nas arquibancadas, o que se viu foi público pequeno. Os poucos lances de degraus contavam com mais voluntários do que torcedores de fato. Inclusive, haviam quatro brasileiros no local, dois deles com perucas e outro casal com bandeira com as cores do país - familiares das atletas e diretores da confederação de esportes aquáticos também prestigiaram o duelo. O Pan tem fracassado na venda de ingressos, e a partida desta quinta foi uma pova disso, com quase nenhum público presente.
