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Jogos Pan-Americanos

Substituto de Baby no Pan quer ir além de pai bronze em 75

Pai de David Moura, que substitui o lesionado judoca Rafael "Baby", foi bronze em 1975, no Pan da Cidade do México. O filho quer mais

5 jul 2015 - 11h51
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No centro do tatame onde os judocas brasileiros treinavam na Universidade de York, em Toronto, para os Jogos Pan-Americanos de 2015, uma figura se destacava. Com 130 kg e 1,92 m, David Moura é facilmente perceptivo de longe. A cara nova da equipe, convocada após lesão de Rafael “Baby”, já quer agarrar a chance para não sair mais da Seleção Brasileira. E isso passa pela superação de um feito alcançado pelo seu pai há 40 anos. 

A primeira dúvida que paira com o atleta é: pronuncia-se Deivid ou Daví? Resposta encontrada: a segunda opção. O cuiabano com sotaque puxado logo apresenta-se com voz calma e mansa, sem o nervosismo esperado para um estreante em Pan, justamente na edição que precede os Jogos do Rio de 2016. Mas talvez os motivos desta aparência vêm de berço.

David Moura assume vaga de Baby e avisa: "estou pronto":

David Moura é filho do judoca Fenelon Oscar Muller, que representou a Seleção Brasileira na década de 70. No currículo de Fenelon, há nada menos do que uma medalha de bronze exatamente nos Jogos Pan-Americanos de 1975, na Cidade do México. Por isso mesmo, Moura tem uma meta bem pessoal: superar a conquista de seu pai.

“Para mim tem um sabor muito especial porque tem uma coisa diferente. Meu pai foi bronze no Pan de 75 no México, então para minha família toda tem sido uma grande expectativa. Eu pretendo fazer um resultado melhor do que o dele, que foi bronze. Acho que ele não vai ficar triste com isso não”, brincou o judoca.

A confiança do cuiabano é refletida também em suas palavras sobre a preparação: não há pressão por substituir Baby, um dos grandes nomes do Brasil na modalidade. O frio na barriga, de acordo com o atleta, só surge ao interagir diretamente com elementos do Pan, como a Vila, o ginásio de competições e o sorteio das chaves. Mesmo assim, a voz relaxada e pausada do judoca mostra que ele está longe de ser contaminado por uma ansiedade.

“Agora a gente já chegou aqui, estamos treinando. Tento não pensar na competição, só na minha preparação”, diz. A preparação, inclusive, começou para um campeonato e terminou em outro. “Eu estava me preparando para o Grand Slam. Eu estava treinando bastante, então não mudou nada na minha preparação. Estou pronto, treinado, agora só terminar minha preparação para entrar com tudo”, confia.

Equipe de judô do Brasil já está em Toronto
Equipe de judô do Brasil já está em Toronto
Foto: Eduardo Palacio / Terra

Realmente será preciso entrar com tudo. A meta da confederação de judô é ousada: 100% de aproveitamento, ou seja, medalhas em todos os esportes. Mas será que David, que nunca disputou um Mundial, mas tem medalhas em Grand Prix, Grand Slams e Copa do Mundo, se garante?

“No judô é difícil a gente se garantir porque luta fácil é só aquela que a gente já ganhou. Mas eu fui campeão pan-americano há dois meses, então estou entrando muito confiante de ser campeão novamente”, falou, com a voz tranquila de quem já está no sexto Pan, e não na estreia. 

Fonte: Terra
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