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Jogos Pan-Americanos

Tetra no Pan, Bimba cria "rivais" no windsurfe em casa

Melhor velejador de windsurfe do Brasil é dono de um projeto social que ajuda na formação de seus futuros adversários no esporte

19 jul 2015 - 09h18
(atualizado às 09h20)
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São mais de 20 títulos de campeonatos brasileiros seguidos, quatro ouros nos Jogos Pan-Americanos, dois campeonatos mundiais júnior e um adulto, além de um quarto lugar em Olimpíadas. Ricardo Winicki, ou Bimba, é um dos maiores atletas da história do windsurfe no País. Já batendo a marca dos 35 anos, ele se preocupa com a nova geração, mas não com a possibilidade dela ultrapassá-lo, e sim com a evolução do esporte no Brasil.

Dono de um projeto social em Búzios, no litoral fluminense, o experiente velejador é o responsável por ensinar grande parte da nova geração da modalidade no País, ou seja, ele treina e aperfeiçoa os atletas que hoje já são considerados seus adversários em regatas nacionais e internacionais.

“Eu banco meus adversários. Banco um projeto social praticamente do meu bolso, nunca tivemos patrocínio. Agora são os próprios meninos que estão sendo contratados pelo Comitê Olímpico Brasileiro para me ajudar no treinamento”, disse Bimba após receber seu quarto ouro pan-americano.

Não só isso. Bimba literalmente dá casa para seus adversários, como fez por um tempo com o garoto capixaba Gabriel Bastos. “O Gabriel chegou agora pouco do Espírito Santos e está morando dois anos em Búzios com o objetivo de me superar e poder ir aos Jogos Olímpicos no meu lugar. O cara começou morando seis meses na casa dos meus pais”, contou.

Velas ou belas? Praia do Pan vira arquibancada de competição:

Quando perguntado se não achava estranha essa atitude, Bimba preferiu agradecer aos meninos. “Crio porque preciso de alguém para treinar. Quaro agradecer muito o Felipe (Beltran) e Albert (Carvalho), eles são fundamentais na minha preparação. Por mais que eu já tenha perdido uma regatinha ou outra para eles e que às vezes venha na minha cabeça: ‘caramba, estou criando meus adversários, pode ser que eles acabem com minha carreira’, já faz sete anos que eles são fundamentais nos meus resultados”, desabafou.

“Queria ter o orgulho de um dia poder parar de velejar e ver um desses meninos irem para uma Olimpíada e conseguirem um resultado internacional tão bom quanto os meus. O esporte precisa disso”, finalizou, espantando qualquer gota egoísmo que um atleta de alto nível poderia apresentar.

Ranking Geral País Ouro Prata Bronze TOTAL
1 Estados Unidos 50 41 44 135
2 Canadá 48 41 33 122
3 Brasil 28 23 35 86
4 Cuba 21 18 23 62
5 Colômbia 19 8 19 46
Veja o quadro completo aqui
Fonte: Terra
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