2016: Fiba escuta proposta e futuro da Seleção sai em agosto
CBB fez nova proposta de parcelamento da dívida e usou até apelo de jogadores para convencer a Fiba a confirmar time na Olimpíada
Não foi desta vez que a Seleção masculina de basquete conseguiu a confirmação de que participará dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Na reunião de quase duas horas que foi realizada neste sábado, em um hotel luxuoso de Toronto, com as presenças de membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e Federação Internacional de Basquete (Fiba), os brasileiros apresentaram nova proposta para a Fiba, porém a entidade máxima do basquete disse que só irá se pronunciar em reunião do conselho da entidade, no começo de agosto.
A indefinição acontece por conta do não pagamento da dívida de US$ 1 milhão por parte da CBB, que ficou acordado após o Brasil ter sido aceito como uma das equipes convidadas para participar do Mundial da modalidade, em 2014, na Espanha. De acordo com o presidente da CBB, Carlos Nunes, uma parte desse valor já foi quitada e a nova proposta visa pagar o resto da dívida de forma parcelada. Inicialmente, a CBB tinha até o dia 31 de julho para pagar a dívida.
"Fizemos uma proposta dentro das nossas possibilidades. Quem vai pagar, não posso dizer pela confidencialidade. É da iniciativa privada. Pode ser uma nova empresa. A princípio, vai ser parcelado", afirmou Nunes. Apesar do presidente não falar qual empresa é essa da iniciativa privada, tudo leva a crer que quem ajudará a Seleção a bancar a dívida será a empresa de material esportivo Nike.
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Além de Nunes, participaram do encontro o presidente da Fiba, Horacio Muratore, o secretário-geral da entidade, Patrick Baumann, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, e o chefe da delegação brasileira, Bernard Rajzman. Após a reunião, Nuzman saiu bastante motivado da reunião. "O COB defende os atletas. A CBB apresentou uma proposta boa e os dirigentes da Fiba se mostraram bastante otimistas com a proposta. Agora temos que esperar a reunião para definir se vai ou não acontecer. Temos que esperar a reunião do conselho da Fiba, em agosto".
Para tentar convencer a entidade que administra o basquete mundial, a CBB também entregou um apelo feito por carta por jogadores importantes da Seleção Brasileira como Anderson Varejão, Marcelinho Huertas e Guilherme Giovanonni. De acordo com a confederação o apelo não foi combinado, partiu dos próprios jogadores, mas causou boa impressão nos membros da Fiba.
A reunião da Fiba, que definirá o futuro da Seleção masculina de basquete, acontece entre 7 a 9 de agosto. A decisão deve sair após o encontro do Comitê Executivo da entidade, em Tóquio, no Japão.
Buraco da CBB é mais embaixo
A dívida com a Fiba, que pode tirar a Seleção masculina de forma vergonhosa dos Jogos Olímpicos, não é a única da CBB. Em seu balanço patrimonial em relação ao ano de 2014, a entidade aparece com uma dívida de R$ 13 milhões. Muito disso se deve ao fim do acordo com a Eletrobras.
Para conter o crescimento das despesas, o presidente da entidade, Carlos Nunes, garante estar próximo de fechar um novo patrocínio. "Está bastante andado com o Correios. Quando eu voltar para o Brasil, vamos lidar com essa outra parte", disse o dirigente.
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