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Jogos Pan-Americanos

Técnica exime culpa da superexposição de musa por nota 0

Segundo Andréia Boheme, erro não tem relação com os últimos acontecimentos, e sim por ser um salto novo de Ingrid Oliveira

10 jul 2015 - 17h20
(atualizado às 17h56)
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Ingrid Oliveira virou uma personagem de destaque antes mesmo de entrar na piscina dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Tudo por conta de uma foto que viralizou nas redes sociais, que acabou lhe rendendo o apelido de "nova musa brasileira". A superexposição irritou a saltadora. Mas ela ainda tinha uma competição pela frente. E foi aí que a situação piorou. Nesta sexta-feira, no quarto salto da plataforma de 10 m, Ingrid caiu de costas, chorou e preocupou a comissão técnica.

Faria todo sentido, e seria aceitável, dizer que os fatos anteriores mexeram com a cabeça da garota de apenas 19 anos. Porém, não foi isso que aconteceu após todas as apresentações. Não se sentindo bem para falar com a imprensa, Ingrid pediu que Andréia Boheme, técnica, explicasse o ocorrido. A treinadora, no entanto, negou que a história de musa tenha interferido e explicou que foi apenas um erro em um salto novo da brasileira.

Ingrid errou salto com menor nível de dificuldade da série
Ingrid errou salto com menor nível de dificuldade da série
Foto: Satiro Sodré / SSPress / Divulgação

"Colocaram ela na mídia com essa história de musa, mas isso não tem nada a ver. Não está atrapalhando, se não ela erraria todos os outros também. Foi um nervosismo, ela estava insegura com arquibancada lotada, pressão em cima... Ela sabe disso e está com raiva. Não é nas costas que ela está sentindo a dor, é na cabeça e no coração", disse Andréia.

Então o que ocasionou o erro? Andréia é direta. "Foi culpa do salto novo. Estamos preparando uma série para a Olimpíada e tenho que colocar uns saltos com dificuldade mais alta. Tiramos o que é considerado 1.9 e adotamos esse de 2.9. Nos treinos ela saltou bem, mas faz apenas três semanas que está treinando ele", explicou.

Para técnica, faltou concentração na hora do salto
Para técnica, faltou concentração na hora do salto
Foto: Satiro Sodré / SSPress / Divulgação

O salto novo, um duplo meio de costas carpado, como chamou a técnica, é, inclusive, o de menor nível de dificuldade da série, composta por outros quatro, classificados entre 3.2 e 3.0.

Quando perguntada se teve medo que Ingrid não voltasse à competição, Andréia mostrou confiança. "De jeito nenhum. Esse último salto é o melhor dela, tanto é que tirou 9, 8,5... Pedi para ela ter mais concentração apenas. Se não fosse esse zero e dois outros vacilos, terminaria em terceiro lugar", completou.

Musa dos saltos ornamentais treina antes de estreia no Pan:

Mesmo com a nota zero no quarto salto, Ingrid não foi a última colocada e terminou na penúltima posição, superando uma americana. A final da modalidade acontece neste sábado, às 21h (de Brasília), quando a nova queridinha do País terá a chance de provar porque é considerada uma das grandes revelações do salto ornamental brasileiro. 

Fonte: Terra
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