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Jovem paratleta fala sobre paixão na natação e seu recorde brasileiro

Miguel Rodrigues Santos sonha em participar dos Jogos Paralímpicos 2028

7 set 2024 - 06h20
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Resumo
Miguel Rodrigues Santos, nadador paralímpico, superou limitações físicas e se destacou nas competições de natação no Brasil, buscando o sonho olímpico.
Foto: Arquivo Pessoal

"A natação me tirou do sedentarismo, me deu amigos, uma paixão e uma profissão”, afirma Miguel Rodrigues Santos, 17 anos, nadador paralímpico. "Sem a natação, talvez meu hobby fosse o videogame.” O jovem, que nasceu sem os braços e pernas, com má formação congênita, é recordista brasileiro nos 50m borboleta e 2º lugar no ranking brasileiro dos 50m e nos 100m costas na categoria S1.

Tudo começou em 2017, quando Miguel deu suas primeiras braçadas na piscina da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em São Paulo, por recomendação das fisioterapeutas do local, como forma de terapia. No entanto, a paixão pelo esporte logo se revelou e, em 2019, o jovem ingressou na escola de natação do Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Foto: Divulgação

A pandemia de 2020 interrompeu temporariamente seu progresso, mas Miguel não desistiu. Sempre que possível, treinava em uma academia particular para não parar de nadar. No segundo semestre de 2021, os treinos no CPB voltaram e Miguel não perdeu tempo. No mesmo ano, competiu nos Jogos Escolares na fase regional de São Paulo e, a partir daí, nunca mais parou.

O ano de 2022 foi um marco em sua carreira: participou de competições nacionais e bateu o recorde brasileiro nos 50m borboleta em sua categoria, a S1. Também conquistou o segundo lugar nos 50 metros no estilo costas, mostrando ao Brasil todo o seu potencial. Em 2023, conquistou a mesma posição nos 100m costas.

Mas foi em 2023 que sua trajetória tomou um rumo decisivo.

Foto: Divulgação

Ao assistir uma matéria no Fantástico, da TV Globo, Miguel e seus pais descobriram o trabalho da Dra. Silvana Vertematti, médica do esporte no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), que participou de uma matéria com o médico Drauzio Varella falando sobre a importância do esporte na vida dos jovens. Coincidentemente, a mãe de Miguel trabalhava no HSPE, e agendou uma consulta com a especialista.

Miguel com equipe de especialistas de Medicina do Esporte do HSPE
Miguel com equipe de especialistas de Medicina do Esporte do HSPE
Foto: Divulgação

A partir desse momento, a equipe da Medicina do Esporte do HSPE, liderada pela médica, passou a acompanhar Miguel de perto. "A saúde dele foi avaliada por meio de diversos exames, análise clínica e muita conversa para entender seus objetivos na natação para, assim, traçarmos uma estratégia. Temos muito orgulho dele e do trabalho que estamos desenvolvendo", explica Silvana. Com consultas trimestrais para avaliação de índices de saúde e realinhamento das orientações, Miguel viu seu preparo físico melhorar significativamente: “Ganhei mais resistência e força, ajudando o meu desempenho na natação”.

O futuro promete ainda mais conquistas para o nadador, que está construindo sua trajetória nas piscinas rumo ao sonho olímpico. Atualmente, ele treina na piscina do CPB e está na base da seleção brasileira devido aos resultados obtidos nas competições mais recentes, ou seja, está treinando com os mesmos técnicos da seleção, além de continuar parte da equipe da Associação Paradesportiva de Novo Horizonte. 

Miguel tem patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, por meio do programa Time SP Paralímpico da Secretaria da Pessoa com Deficiência.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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