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Treinador da Rússia é elogiado por Putin em plena coletiva

Por um momento, técnico deixa a coletiva para receber telefonema de felicitação do chefe de Estado. Ele pede que os russos sigam no apoio mesmo se não houver nova goleada

14 jun 2018 - 16h08
(atualizado às 17h47)
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Uma goleada por 5 a 0 numa estreia de Copa do Mundo, em casa, tem um grande efeito. Muda parâmetros. O outrora criticadíssimo treinador russo Stanislav Cherchesov foi recebido sob aplausos na sala de imprensa do estádio Lujniki quando chegou para comentar o 5 a 0. Como é praxe o técnico começar a falar apenas depois que o melhor jogador da partida responde as perguntas, no meio da entrevista do MVP Cherysev, o comandante quebrou o protocolo. Atendeu o telefone, se levantou e saiu por alguns minutos. Na volta, justificou.

"Queria pedir desculpas, mas tive de atender ao telefonema do chefe de Estado, que me congratulou pelo resultado", disse, num jeitão de esnobada para a imprensa por causa do telefonema de Vladimir Putin.

"É melhor receber ligações de felicitações do que de críticas. Mas é assim mesmo, uma hora como essas é para ser celebrada. O time vinha trabalhando para buscar um bom resultado e ele veio após sete jogos. Tenho de agradecer aos jogadores, pois hoje eles trabalharam focados, conseguiram fazer os gols, foram perfeitos e vencemos. Mas qualquer celebração acaba hoje e o duelo com a Arábia vira passado. A próxima partida poderá nos dar a chance de classificação para as oitavas e temos de pensar nela", concluiu.

Sobre as substituições terem dado muito certo, Dzyuba fez um gol e Cheryshev, dois, o treinador disse que tem um grupo e não apenas um time titular.

"Não tenho uma time titular. Tenho elenco que me dá a chance de mudar a escalação dependemos de quem enfrentamos. Cheryshev mostrou isso. Ele estava preparado. Tinha falado com o jogador na véspera. Deixei claro a sua importância. Ele entrou e foi muito bem porque tem qualidades."

Num recado direto ao torcedor, ele diz que não quer ninguém pensando que o 5 a 0 com a Arábia possa ser repetido na segunda rodada do Grupo A, contra o Egito. E pede que os russos abracem a sua seleção.

"Teremos uma partida bem distinta da estreia, numa outra cidade, em outro estádio. O que asseguro é que nos prepararemos meticulosamente e de maneira diferente para cada partida, a começar pelo Egito. O que eu peço é que o torcedor siga nos apoiando co o fizeram hoje", disse Cherchesov, saindo da sala sob aplausos ainda mais calorosos. As coisas mudaram. Pelo menos até a próxima rodada.

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