'Cielo está impactado', diz diretor da CBDA sobre ausência do astro no Rio
Ricardo de Moura gostaria de contar com o campeão olímpico na preparação da equipe brasileira para os Jogos, mas diz que respeitará o momento do recordista dos 50m livre
Desde o dia 20 de abril deste ano, Cesar Cielo segue recolhido, bem longe dos holofotes. Três meses após perder a última oportunidade de classificação para os Jogos Olímpicos Rio-2016, o medalhista de ouro nos 50m livre em Pequim-2008 e recordista mundial na distância continua abalado com o golpe.
O futuro do mineiro é incerto, embora o diretor executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, acredite que sua história não acabou. Após o Troféu Maria Lenk, última seletiva olímpica nacional, o dirigente expôs interesse em contar com Cielo de alguma forma. Hoje, ele afirma que o atleta de 29 anos ainda sente o impacto do episódio.
- O Cesar não vai estar descartado nunca. Conversamos há algumas semanas. Na verdade, ela ainda está impactado com tudo que aconteceu. Sempre tive um timing com ele. Tem de aguardar um pouco. Neste formato diferente de preparação, não sei se seria o momento de ele entrar, Mas, obviamente, entrará no momento em que se sentir bem - afirmou Ricardo.
Em abril, Cielo conquistou a medalha de bronze na prova de sua especialidade, com 21s91. Acabou superado por Bruno Fratus (21s74) e Ítalo Manzine (21s84), que levaram as duas vagas do Brasil. Nos 100m livre, Cielo fez apenas com a sétima melhor marca, o que o deixou fora até da condição de reserva do revezamento 4x100m.
- Precisa ficar claro que aconteceu de forma natural. Foi o momento em que ele perdeu o encanto. Embora não acreditasse que fosse acontecer, no íntimo já esperava. Então, vamos dar o tempo do Cesar. Não chegar e colocar de qualquer forma, porque tem a obrigação de colocar uma figura - disse Moura, que preferiu não dar detalhes sobre a vida de Cielo atualmente.
- Já passamos muitos momentos difíceis juntos. Choramos juntos quando ele ganhou a medalha na China. Temos de respeitá-lo - concluiu.
A maior esperança do Brasil nos 50m está em Fratus, de 26 anos, que vai para sua segunda Olimpíada. Em Londres-2012, ele terminou em quarto lugar. Por dois centésimos, perdeu o bronze para Cielo. Manzine vai disputar o evento pela primeira vez.