Com academias fechadas, médico dá dicas de como evitar o sedentarismo
Médico do esporte, o Dr. Rafael Fonseca deu dicas de como se exercitar em tempos de coronavírus e destacou o uso correto dos aplicativos de treino; saiba mais
É consenso entre médicos e especialistas de que o exercício físico é muito importante para a saúde. Porém, nesse momento de pandemia por conta do novo coronavírus, a recomendação é para que as pessoas evitem aglomerações e se mantenham isoladas, o que não acontece no ambiente das academias de ginástica. Algumas já estão com as portas fechadas e aquelas que ainda estão abertas, contrariam o decreto emitido no último dia 22 de março.
A orientação dos médicos nesse período de combate ao coronavírus (Covid-19) é que as pessoas se exercitem dentro de casa ou em parques ao ar livre, mantendo distância de no mínimo 2 metros entre uma e outra. As academias dos condomínios - mesmo tendo um menor fluxo de pessoas em comparação às academias de ginástica - também não são recomendadas no momento.
Uma solução momentânea são os aplicativos de treino. Eles são desenvolvidos por profissionais da área (personal trainers, médicos, fisioterapeutas, etc) para facilitar a sessão de exercícios, e que os alunos consigam reproduzi-lo com facilidade. As séries costumam ser separadas por níveis de dificuldade para que você vá gradativamente evoluindo o seu desempenho sem correr o risco de lesões e exageros.
O médico do esporte Dr. Rafael Fonseca, entretanto, ressaltou que é preciso ter certos cuidados na hora de utilizá-los. Os treinos de alta intensidade, por exemplo, não podem de jeito nenhum ser feitos por pessoas que não tenham um condicionamento físico avançado, comprovado por um médico. O treino pesado sem orientação pode causar lesões e até mesmo riscos à saúde.
- Nesse momento, o indicado são os treinos de manutenção, àqueles que não exijam esforço extremo, para não prejudicar o sistema imunológico deixando a saúde mais vulnerável ao contágio do vírus - garantiu Rafael.
O grande problema desses aplicativos está na falta de personalização do treino, não atingindo à necessidade individual de cada pessoa. E segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), a contenção do novo coronavírus pode levar 90 dias ou mais para ser normalizada.
Por outro lado, já é sabido que o sedentarismo acarreta numa série de doenças como obesidade, colesterol alto, diabetes, problemas articulares entre outros, então ficar mais de três meses sem praticar nenhuma atividade física também é prejudicial à saúde. - O momento é de ter bom senso para manter o ritmo de atividade física em casa e sem exageros afim de evitar lesões - concluiu.