Blatter é o próximo? Relembre presos por corrupção na Fifa
Nesta sexta-feira, em Zurique, a Procuradoria-Geral da Suíça informou que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, está sendo investigado sob suspeita de apropriação indébita, por exemplo. Desde 27 maio, quando sete dirigentes da maior entidade do futebol foram presos, dentre eles o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, acusados de corrupção, esta é a primeira vez que o dirigente da entidade é oficialmente ligado a esquema ilícito.
O indiciamento de Blatter é mais um passo das investigações coordernadas pelo FBI e pela Justiça da Suíça na maior entidade do futebol mundial. Confira como estão os dirigentes presos e afetados diretamente pela ação.
José Maria Marin, Brasil, ex-presidente da CBF:
Aos 83 anos, responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração, envolvendo recebimento de propina em acordos para transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil. Nega as acusações. O FBI já abriu processo para extradição do brasileiro para os Estados Unidos. Advogados pensam em aceitar a extradição e pedir prisão domiciliar e já até estariam negociando fiança milionária para tentar a prisão domiciliar e liberdade vigiada.
Jeffrey Webb, da Grã-Bretanha, presidente da Concacaf, vice-presidente da Fifa:
Responde por 17 acusações e já foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, em Julho. Pagou a quantia de 10 milhões de dólares como fiança, ganhando direito de a liberdade vigiada, cumprindo prisão domiciliar. Diz ser inocente. É monitorado eletronicamente pelo FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos.
Eugenio Figueredo, do Uruguai - vice-presidente da Fifa:
A Justiça da Suíça aprovou, neste mês de setembro, o pedido de extradição do dirigente uruguaio para os Estados Unidos. Responde por acusações de corrupção e fraude. Os advogados dele podem recorrer. Têm 30 dias para fazer isso.
Rafael Esquivel, da Venezuela, membro executivo da Conmebol:
Teve pedido de extradição para os Estados Unidos aceito na última quarta-feira. É acusado pelo FBI de negociar a venda dos direitos de marketing das edições de 2007, 2015, 2016, 2019 e 2023 da Copa América em troca de propina.
Julio Rocha, da Nicarágua, diretor de desenvolvimento na Fifa:
Julio concordou em ser extraditado para a Nicarágua, em agosto, que havia feito o pedido por ele ser acusado de suborno no seu país. Os Estados Unidos também desejam tê-lo no país, já que Julio é um dos presos em Zurique. O Instituto Federal de Justiça Suíço pode ter que decidir qual país tem prioridade em receber o cartola.
Eduardo Li, 56 anos, presidente da Federação da Costa Rica de Futebol, membro do Comitê Executivo da Fifa:
Ainda não teve sua situação definida pela Justiça da Suíça. É um dos sete presos menos falado na imprensa mundial.
Costas Takkas, também da Grã-Bretanha, diretor adjunto do gabinete do presidente da Concacaf:
Assim como Eduardo Li, Takkas ainda não teve sua situação sobre a extradição para os Estados Unidos definida.
OUTROS CASOS IMPORTANTES:
Jérôme Valcke:
A Fifa anunciou, na semana passada, que Jérôme Valcke foi afastado da função de secretário-geral da entidade. A medida foi tomada após a acusação de que Valcke se deu bem com a venda de ingressos para a Copa do Mundo-2014, segundo uma denúncia do empresário israelense Benny Alon. O Ministério Público da Suíça pediu acesso aos e-mails do ex-secretário. A Fifa teria exigido algumas condições para isso.
Jack Warner:
Ex-presidente da Federação de Futebol de Trinidad e Tobago, da União Caribenha de Futebol e da Concacaf, e também ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner chegou a ser preso em seus país acusado de lavagem de dinheiro, fraude e extorsão. Pagou fiança e foi libertado. Investigado pelo FBI, no mesmo escândalo de corrupção, teve seu pedido de extradição para os Estados Unidos aceito pela Justiça de Trinidad e Tobago, mas tenta recorrer da decisão.