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Há 25 anos, Seleção masculina de vôlei fazia história em Barcelona

Na Espanha, o Brasil conquistou o primeiro ouro olímpico em esportes coletivos. Relembre a conquista e veja onde estão hoje os craques que mudaram a história da modalidade

9 ago 2017 - 16h03
(atualizado às 16h09)
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Os Jogos Olímpicos de Barcelona-1992 são, até hoje, um dos mais memoráveis entre todas as 31 edições já realizadas. Considerado um dos grandes exemplos de legado olímpico, em questão de melhoria urbana e atração de turistas, a segunda maior cidade da Espanha também viu outro país entrar para a história do esporte. Há exatamente 25 anos, a Seleção Brasileira masculina de vôlei conquistava, pela primeira vez, uma medalha de ouro olímpica em um esporte coletivo.

Após a prata em Lons Angeles-1984, o Brasil voltava a uma final olímpica, dessa vez contra a Holanda. Mesmo sem figurar entre as favoritas, a Seleção fez uma excelente campanha e a corou ao fechar 3 sets a 0 (15-12, 15-8 e 15-5) e transformar os 12 jogadores em gigantes do voleibol.

O responsável pelo ponto que decretou a vitória verde e amarela em um ginásio de Montjuïc lotado foi Marcelo Negrão, de saque. Além dele, Maurício, Talmo, Janelson, Jorge Edson, Tande, Giovane, Paulão, Pampa, Carlão (capitão), Douglas Chiarotti e Amauri estavam entre os convocados.

Confira, abaixo o ponto do ouro:

A campanha olímpica de 1992 também seria inesquecível para um membro que ficava fora das quadro linhas: José Roberto Guimarães. Aos 37 anos, o ex-levantador fazia a sua estréia como treinador da Seleção Olímpica. Tido como novato, na época, Zé Roberto tinha a difícil missão de substituir Bebeto de Freitas, comandante da "geração de prata".

Inicialmente visto com certa desconfiança, Guimarães foi convidado por Carlos Arthur Nuzman - na época, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) - para assumir o comando do time masculino. Implantando uma metodologia própria, visando um coletivo forte, Zé foi conquistando a confiança do elenco conforme os resultados vieram. Após o ouro inédito, o treinador - que futuramente assumiria a Seleção feminina - voltou para o seu país com grande prestígio.

Na campanha de Barcelona-1992, o Brasil venceu todos os sete confrontos, perdendo apenas três sets em toda a competição.

A festa verde e amarela seguiu no Brasil. Com torcedores tomando o aeroporto de Guarulhos, seguida pela festa na Avenida 23 de Maio - onde os jogadores estavam em um caminhão de bombeiros - os jogadores mensuraram a grandiosidade do que foi feito naquele nove de agosto de 1992. A partir daquele momento, a Seleção começou a escrever seu nome como potência no vôlei, que se consolidaria com Bernadinho, na virada do século.

A conquista também foi fundamental para impulsionar ainda mais o vôlei nos olhos da mídia e do público, na sequência de um processo que já tomava forma desde a prata em Los-Angeles-1984. Com novos ídolos, os investimentos aumentaram. Os clubes deixaram o amadorismo para serem empresas. Seus nomes começaram a ser vinculados aos de grandes marcas do mercado.

Se até então o futebol era o único esporte de fato profissional no país, o vôlei mostrou que seguiria os mesmos passos. Com um trabalho de base bem estruturado e exemplos dentro e fora de quadra, a modalidade se mantém até hoje entre as maiores vencedoras em solo verde e amarelo.

Relembre a trajetória do Brasil até o ouro em Barcelona-1992:

Fase de Grupos - Grupos A

Brasil 3 x 0 Coreia do Sul (15/13, 16/14 e 15/7)

Brasil 3 x 1 Equipe Unificada (15/6, 15/7, 9/15 e 16/14)

Brasil 3 x 0 Holanda, parciais de (15/11, 15/9 e 15/4)

Brasil 3 x 1 Cuba (15/6, 15/8, 12/15 e 15/8)

Quartas de final

Brasil 3 x 0 Japão (15/12, 15/5 e 15/12)

Semifinal

Brasil 3 x 1 Estados Unidos (12/15, 15/8, 15/9 e 15/12)

Final

Brasil 3 x 0 Holanda (15/12, 15/8 e 15/5)

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