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Membro brasileiro do COI diz que, se mantidos, Jogos seriam 'catástrofe'

Ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman avalia que injustiças seriam cometidas caso entidade seguisse com o plano original de realizar evento entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano

24 mar 2020 - 13h17
(atualizado às 15h26)
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O ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, membro brasileiro mais antigo do Comitê Olímpico Internacional (COI), considerou acertada a decisão da entidade de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020, anunciada nesta terça-feira. O dirigente afirmou que o evento seria uma catástrofe se fosse realizado nas datas previstas, em razão da impossibilidade de promover igualdade de condições competitivas aos participantes, devido ao coronavírus.

Membro do COI desde 2013, Bernard defendeu o adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021 (Foto: Reprodução)
Membro do COI desde 2013, Bernard defendeu o adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021 (Foto: Reprodução)
Foto: Lance!

- São imensos os prejuízos que o adiamento causa não só aos atletas, ao comitê organizador, aos stakeholders, aos patrocinadores. Mas foi uma decisão sábia, pensada e calculada. A gente sabe que se os Jogos fossem agora, em julho, seria uma catástrofe. Diversas desigualdades aconteceriam, injustiças inclusive. Cada continente está tendo um ciclo onde o ciclo está passando. Na Ásia já está acabando, então um atleta que fosse se preparar para jogar em julho já estaria apto a fazê-lo. No Brasil, na América, nos Estados Unidos, como na Europa, o ciclo está com maior força. Isso é um dos problemas que aconteceriam - disse Bernard, em entrevista ao "Globo Esporte".

Os Jogos ainda não têm uma nova data, mas é certo que acontecerão até o verão no hemisfério norte, ou seja, 22 de setembro de 2021. Em 2020, a Olimpíada estava marcada para o período entre 24 de julho e 9 de agosto, enquanto a Paralimpíada teria início no dia 25 de agosto e seria encerrada em 6 de setembro. A decisão foi tomada a pedido do governo japonês e em meio a uma forte pressão internacional, já que atletas estão impedidos de treinar.

O COI e o Comitê Organizador decidiram manter a chama olímpica em solo japonês. As partes também acordaram que os eventos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020, apesar do adiamento. Agora, resta torcer para um cenário mais favorável no ano que vem.

Na segunda-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países.

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