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Uma ajuda em boa hora para viabilizar a Paralimpíada

Rio-2016 festeja a suspensão de uma das liminares que proibia repasse de R$ 150 milhões para a organização dos Jogos Paralímpicos.

18 ago 2016 - 15h03
(atualizado às 18h59)
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A decisão da noite desta quarta-feira do desembargador federal Guilherme Couto de Castro, que suspendeu a liminar da juíza Márcia Nunes de Barros que proibia órgãos públicos de repassarem dinheiro para a Rio-2016 enquanto as contas não fossem transparentes foi comemorada pelo comitê Isso garantirá a injeção imediata de pelo menos R$ 150 milhões da prefeitura e viabilizará os custos com a Paralimpíada.

Marioo Andrada aguarda a primeira ajuda financeira de um órgão público para a Rio-2016. Dinheiro ajudará na organização da paralimpíada (Foto: Carlos Alberto Vieira)
Marioo Andrada aguarda a primeira ajuda financeira de um órgão público para a Rio-2016. Dinheiro ajudará na organização da paralimpíada (Foto: Carlos Alberto Vieira)
Foto: Lance!

Embora ainda ocorra uma questão jurídica, pois o TRE também proibiu a prefeitura de repassar o dinheiro, já que a lei proíbe doação em ano eleitoral, o comitê espera contar o mais rapidamente possível com este dinheiro, pois ocorreram muitos contratempos que levaram a Rio-2016 a ficar com o caixa vazio.

- Realizamos a Olimpíada sem verba pública. E seria ótimo se a Paralimpíada também não tivesse essa ajuda. Mas ocorreram problemas. Tínhamos 10% dos ingressos vendidos para a prefeitura, mas como é ano eleitoral, isso foi proibido e o prefeito Eduardo Paes nos devolveu os ingressos. Além disso, a venda para os torcedores ainda está baixa, apenas 12% dos 2,3 milhões, isso dá 300 mil ingressos. E ainda buscamos patrocinadores. Este dinheiro entrará para ajudar nos custos da alimentação e das viagens de delegações - disse Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016.

O mais urgente será repassar o dinheiro para o Comitê Paralímpico Internacional, pois a data-limite é esta sexta-feira, ou algumas delegações de países com menos recursos não poderiam enviar atletas.

Ainda que receba os R$ 150 milhões, a Rio-2016 não tem a conta da Paralimpíada equilibrada, pois o recurso necessário para cobrir as últimas contas é de R$ 200 milhões. Estes R$ 50 milhões que faltam podem entrar de três formas: uma injeção financeira do governo federal (o ministério do Esporte acena com R$ 120 milhões); a entrada de patrocínio; e a venda de ingressos. O comitê mostra otimismo em relação às duas últimas.

- Estamos em conversa com a Pepsi, que já tem um relatório. E a venda de ingressos pode estar começando a acelerar. Nesta quarta-feira vendemos 9 mil ingressos para a Paralimpíada. Se continuarmos nessa forma, provavelmente precisaremos de menor ajuda pública, que era a nossa ideia original.

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