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Werdum pede 'trilogia' com Minotauro e lembra: 'Ganhar do ídolo foi difícil'

1 set 2015 - 15h56
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O anúncio da aposentadoria de Rodrigo Minotauro mexeu com o mundo do MMA. Depois de ser superado por Stefan Struve na decisão, em confronto ocorrido no UFC 190, no Rio de Janeiro, o lutador refletiu sobre o futuro no MMA e decidiu pendurar as luvas aos 39 anos. Considerado talvez o lutador mais querido do país devido a suas conquistas e carisma diante do público, com 44 lutas no cartel o baiano esteve diante de um rival tupiniquim em apenas três oportunidades. Em duas delas, o rival foi Fabricio Werdum - na outra, o gigante Zuluzinho. Quase que um "desgosto" para poucos.

Fabricio Werdum posa ao lado de Rodrigo Minotauro
Fabricio Werdum posa ao lado de Rodrigo Minotauro
Foto: Divulgação / UFC

Em entrevista ao LANCE!, o atual campeão dos pesados do UFC avalia a importância que o 'ídolo' Minotauro teve em sua carreira e sugere um desempate, já que após duas lutas no MMA, cada um venceu uma.

- Quero dizer que ele sempre vai ser um ídolo. Não só nacional como meu também. Nunca escondi isso, me espelhei muito nele pelo jiu-jitsu que ele tinha. Essa coisa do guerreiro, de nunca desistir, motivou muito. E também quero dizer pra ele que está um a um agora. Eu ganhei uma e ele ganhou a outra. E vamos ter que decidir isso sabe aonde? Na sinuca! Mas tenho que receber um convite dele. Eu vi no Periscope que ele tem uma mesa de sinuca em casa e ele gosta. Vamos ter que decidir essa trilogia. Está um a um (risos). Quero mandar um abraço e desejar tudo de bom a ele. Tenho certeza de que nessa nova fase ele terá o sucesso de sempre - declarou Werdum, em conversa por telefone. 

Fabricio e Rodrigo Minotauro duelaram duas vezes, em épocas diferentes. No primeiro encontro, em julho de 2006, pelo extinto Pride, vitória do Nogueira na decisão. Já em junho de 2013, no UFC Fortaleza, depois de protagonizarem o The Ultimate Fighter Brasil 2 como técnicos, o "Vai Cavalo" finalizou no segundo round. Para Werdum, encarar um ídolo do público brasileiro foi um desafio mental também.

- Não foi facil. Não treinei tanto, deveria ter treinado muito mais. Mas tive que me preparar muito mentalmente, pois era a segunda vez, já tinha perdido a primeira e ia enfrentar meu ídolo de novo. Já tinha uma relação com ele no TUF. Tivemos um contato legal, sempre rimos juntos, nos demos bem. Mas tem aquilo de ser adversário, né? Tive que me preparar muito mentalmente. Foi um grande desafio ter que ganhar do meu ídolo. Mas também foi bem legal, uma experiência boa. Aprendi muito. Tive a torcida contra, já esperava, a galera conhece muito ele, um cara que sempre mostra respeito dentro e fora do octógono. Dá pra ver que ele é um ídolo ao natural mesmo, não força nada, é ele mesmo. Foi bem dificil enfrentá-lo, me preparei muito mentalmente - explicou.

Confira um bate-papo com Fabricio Werdum sobre Minotauro

O que representou para a sua carreira enfrentar o Minotauro duaz vezes?

O Minotauro representa muito pra mim como lutador até hoje, por tudo o que fez pelo esporte. Eu comecei por ele, por ver as lutas do Minotauro e pelo jiu-jitsu dele e agressividade do Wanderlei (Silva). Quando lutei com ele a primeira vez já era um fã do Minotauro. E lutar com meu ídolo foi algo diferente, em 2006. Foi bom a experiencia. Perdi pela experiência que ele mostrou.

Perder para ele te ensiou o quê?

Foi como ele dizer: "Sua hora vai chegar. Mas calma, ainda não é agora". Aprendi muito com aquela derrota. Foi um momento muito especial da minha carreira. Uma semana antes mataram meu professor. E ele mostrou que era um grande lutador e pessoa naquele dia ao mostrar a camisa do meu professor comigo, mostrando ao público que aplaudiu de pé. Aprendi muito com essa luta. Nem considero uma derrota. Claro que é, mas não penso dessa forma. Aprendi muito naquela época. Isso me ajudou muito a crescer no mundo da luta e as duas vezes que lutei com ele foi uma honra lutar com um cara que sempre admirei e vou continuar admirando. Ele mostra que é grande lutador e grande pessoa ajudando as pessoas. 

Você acha que ele parou na hora certa?

Concordo completamente. Acho que está na hora exata. O Minotauro é um cara que luta porque gosta. Ele não luta por dinheiro. Ele está muito bem financeiramente, mereceu muito. A galeria fica triste, claro, todo mundo gosta de vê-lo lutar, mas acho que está na hora certa. Não quero ver o Minotauro com uma lesão grave, algo na cabeça, ou alguma lesão que possa deixá-lo fora de atividade. Ele luta porque gosta, curte a adrenalina, fez a vida inteira isso. Agora indo se for ajudar o UFC Brasil, com essa parceria com o novo presidente, o Giovani Decker, vai ser muito bom. Ele deve ajudar de outra maneira. Quem sabe buscando talentos? Está na hora certa de parar e começar outro ciclo da vida dele, de empresário, palestrante... Não gostaria de vê-lo com uma lesão mais grave, ele já teve bastante. Não quero que aconteça nada de mal a ele. Acho que está na hora certa e ele vai mostrar essa nova fase da vida dele.

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