Léo Batista é velado sob aplausos e ao som do hino do Botafogo no Rio de Janeiro
O velório do jornalista esportivo aconteceu na sede do time do coração, na Zona Sul da capital fluminense
Em pleno feriado de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, os cariocas separaram um tempinho para darem adeus a um ícone da televisão brasileira: Léo Batista. O jornalista esportivo morreu aos 92 anos no último domingo, 19, e foi velado nesta segunda-feira, 20, na sede do Botafogo, na Zona Sul da capital fluminense. Familiares, colegas e fãs se despediram da voz marcante do futebol em uma cerimônia emocionante, com direito a aplausos e hino do time do coração.
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Às 14h, horário marcado para o início do velório de Léo Batista, fazia 38ºC no Rio de Janeiro, em um dos dias mais quentes deste verão, até então. Porém, nem mesmo o calor intenso intimidou os fãs e colegas que queriam se despedir do jornalista.
Quando a sede do Botafogo liberou a entrada do público, alguns chegaram ao local com cartazes em homenagem ao Seu Léo, como era carinhosamente chamado. Outros optaram por comparecer com a camisa do Botafogo, time do qual ele era torcedor declarado e apaixonado.
Até mesmo fucionários, como o lavador de carros Marcos Ferreira, de 49 anos, estiveram no ginásio Oscar Zelaya para o último adeus. Com os olhos marejados, ele dividiu lembranças especiais com o ex-patrão ao Terra.
As filhas, emocionadas, não saíram do lado do caixão em nenhum momento. Colegas de profissão, como Alex Escobar e Tino Marcos, também foram para a despedida. Já clubes e entidades, como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), enviaram coroas de flores em homenagem ao ícone do jornalismo esportivo.
Enquanto o público dava adeus à Léo Batista, um grupo tocava uma sequência de sambas e chorinhos, como o sucesso A Amizade, do Fundo de Quintal. "Valeu por você existir, amigo", dizia o refrão. A música foi usada na despedida daquele que era "amigo" dos espectadores por mais de meio século, na TV aberta.
O velório chegou ao fim por volta das 16h30, quando familiares se reuniram em volta do caixão para um último adeus. O momento, carregado de emoção, se tornou ainda mais especial quando um fã puxou uma salva de palmas para o apresentador. "Viva, Léo Batista", gritava o público.
Quando o caixão foi fechado, uma bandeira do Botafogo foi colocada em cima, enquanto o hino do Glorioso tocava no ginásio.
A estrela solitária, estampada no escudo e na bandeira, ganhou companhia: Léo Batista, agora estrela eternizada no esporte e no jornalismo brasileiro.
O enterro será na terça-feira, 21, em uma cerimônia fechada apenas para os familiares. O corpo será sepultado na sua cidade natal, Cordeirópolis, no interior de São Paulo.