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Liga Mundial de Surfe tem oito campeões e 11 brasileiros em busca do sétimo título para o Brasil

Atletas do País tentarão manter hegemonia na competição que começa neste domingo, em Pipeline, no Havaí

27 jan 2023 - 15h11
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A Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) começa em Pipeline, no Havaí, neste domingo com uma temporada que promete ser especial para os brasileiros. Nada menos do que 11 atletas do País disputarão o título e tentarão manter o surfe nacional na crista da onda. Mas, mais do que coroar o melhor do mundo, o circuito também terá um atrativo especial: ele definirá a dupla de brasileiros que estará nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

O nível do circuito deverá ser um dos mais altos de todos os tempos, uma vez que ele irá reunir cinco campeões mundiais entre os homens e três entre as mulheres. A lista inclui os brasileiros Filipe Toledo, Gabriel Medina e Ítalo Ferreira. "Fico feliz em estar todo mundo no tour. Acho que este ano será muito competitivo, e realmente com os melhores", considerou Medina.

Foi em Pipeline que o brasileiro conquistou seus dois primeiros títulos, em 2014 e 2018, e o início do tour por lá serve como inspiração. "Estou feliz de estar no Havaí, e para mim é um ano muito especial. Quero ir bem, é ano de classificação às Olimpíadas. Quero mais um título mundial", afirmou Medina. "Mentalmente estou bem, preocupado só em surfar, me divertir dentro da água e dar orgulho ao nosso País."

Outro atrativo do circuito este ano é a corrida por uma vaga aos Jogos de Paris-2024. Dos 48 atletas que disputarão as medalhas do surfe no próximo ano, 18 serão definidos pelo ranking da WSL nesta temporada, sendo dez entre os homens e oito entre as mulheres. Vale lembrar que o torneio de surfe dos Jogos Olímpicos será disputado em Teahupoo, no Taiti, local da última etapa deste ano.

Atual campeão mundial, Filipe Toledo vai em busca do bi e, também, da vaga nos Jogos de Paris. Ele não esconde que disputar uma medalha olímpica é um de seus principais objetivos da carreira. "Pra mim é o nível máximo para um atleta de alta performance e é mais um sonho que quero conquistar. Vou focar no circuito e ir em busca do bicampeonato. A vaga nos Jogos Olímpicos vai ser uma consequência", considerou.

Campeões do surfe

O País sempre teve histórico de bons surfistas, mas o primeiro título só foi conquistado há nove anos, com Gabriel Medina. A partir daí, o surfe brasileiro ganhou corpo e virou sinônimo de excelência. Medina se sagraria campeão outras duas vezes, enquanto Mineirinho (2015), Ítalo Ferreira (2019) e Filipe Toledo (2022) também chegariam ao topo.

Essa profusão de campeões é comemorada pelo CEO da WSL para a América Latina, Ivan Martinho. "O Brasil tem um celeiro de campeões e ídolos do surfe que se tornaram referência dentro e fora d'água e, juntamente com isso, o esporte cresce."

Além dos brasileiros, completam a lista de campeões mundiais que disputarão o tour o havaiano John John Florence e a lenda norte-americana Kelly Slater. Onze vezes campeão do mundo, Slater completará 51 anos no próximo mês.

"Kelly Slater é um ícone e mostra que o esporte vai muito além de sua habilidade, pois aos 50 anos segue na elite mundial, inclusive é o atual campeão em Pipeline. Ele é uma fonte de inspiração para a nova geração que está chegando no tour e uma referência importante para todos e para o esporte no geral", considerou Martinho.

Entre as mulheres, o Brasil será mais uma vez representado por Tatiana Weston-Webb. Quarta colocada no ranking mundial, ela buscará o título que por pouco não foi seu em 2021, quando perdeu a final para a Carissa Moore

O tour feminino contará com três campeãs mundiais. Além de Carissa, que já chegou ao topo cinco vezes, completam o trio as australiana Stephanie Gilmore (recordista de Mundiais, com oito conquistas) e Tyler Wright (dois títulos).

WSL - ETAPA DE PIPELINE - BATERIAS

MASCULINO

1.a: Miguel Pupo (BRA), Nat Young (EUA), Ian Gentil (HAV)

2.a: Kanoa Igarashi (JPN), Jake Marshall (EUA), João Chianca (BRA)

3.a: Ethan Ewing (AUS), Kolohe Andino (EUA), Liam O´Brien (HAV)

4.a: Jack Robinson (AUS), Jadson André (BRA), Ezekiel Lau (HAV)

5.a: Italo Ferreira (BRA), Seth Moniz (HAV), Imaikalani Devault (HAV)

6.a: Filipe Toledo (BRA), Jackson Baker (AUS), Joshua Moniz (HAV)

7.a: Griffin Colapinto (EUA), Barron Mamiya (HAV), Michael Rodrigues (BRA)

8.a: Caio Ibelli (BRA), Kelly Slater (EUA), Ramzi Boukhiam (MAR)

9.a: Connor O´Leary (AUS), Jordy Smith (AFR), Maxime Huscenot (FRA)

10: Samuel Pupo (BRA), Matthew McGillivray (AFR), Rio Waida (IDN)

11: Callum Robson (AUS), Yago Dora (BRA), Ryan Callinan (AUS)

12: John John Florence (HAV), Gabriel Medina (BRA), Leonardo Fioravanti (ITA)

FEMININO

1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA), Caroline Marks (EUA), Teresa Bonvalot (PRT)

2.a: Carissa Moore (HAV), Bettylou Sakura Johnson (HAV), Alyssa Spencer (EUA)

3.a: Stephanie Gilmore (AUS), Macy Callaghan (AUS), Moana Jones Wong (HAV)

4.a: Brisa Hennessy (CRI), Isabella Nichols (AUS), Sally Fitzgibbons (AUS)

5.a: Lakey Peterson (EUA), Gabriela Bryan (HAV), Caitlin Simmers (EUA)

6.a: Courtney Conlogue (EUA), Tyler Wright (AUS), Molly Picklum (AUS)

Estadão
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