'A história dele não será esquecida', diz primo de Maguila; vida de ex-boxeador vai virar filme
O corpo de José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, foi velado nesta sexta-feira, 25, em São Paulo
O corpo de José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, lenda do boxe brasileiro, foi velado nesta sexta-feira, 25, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Longe dali, em sua terra natal, Elias Santos, primo do lutador, expõe no Memorial de Sergipe, em Aracaju, uma estátua que esculpiu do atleta. Ao ge, ele falou sobre a morte do boxeador e revelou o futuro de um filme biográfico.
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A escultura feita pelo artista plástico e primo de Maguila está exposta desde o fim de 2023 no memorial. E levar uma estátua do boxeador para um dos principais pontos turísticos de Aracaju também está nos planos de Santos.
"Fizemos a escultura de quase três metros para o memorial e vou lutar para ter uma na orla da Atalaia também", contou. Para ele, a intenção é celebrar a carreira do atleta na proporção que sua história merece.
"Maguila é um personagem emblemático e, no que depender de nós, da família, a história dele não será esquecida. Também ganhamos um edital da Lei Paulo Gustavo para um longa-metragem sobre ele", revelou.
O filme citado por Santos é Maguila: O que é forjado na dor vive para sempre. A obra que pretende retratar a vida do ex-pugilista tem lançamento previsto para 2025.
Lembranças com Maguila
Ao ge, Elias Santos também aproveitou para falar sobre as boas lembranças com o primo na capital sergipana. De acordo com ele, os dois eram vizinhos em um local onde hoje fica o Bairro Santos Dumont. A proximidade era ainda maior porque sua mãe foi professora de Maguila na infância.
"Nós morávamos em sítios vizinhos, e minha mãe chegou a ser professora dele antes da mudança para São Paulo. Temos seis anos de diferença de idade e tivemos muitas histórias na infância ", contou.
Apesar da distância após a mudança para São Paulo, o boxeador fazia questão de retornar à terra natal. Em Aracaju, Maguila presenteava os mais novos com luvas de boxe e os estimulava ao esporte.
"Ele trazia luvas usadas e nos incentivava no boxe. Ele não era muito de nos ensinar a técnica, mas dizia 'Toque a porrada aí', que era muito do jeito irreverente dele. Além disso, ele costumava levar todo mundo para passear pelo centro da cidade e pela praia e pagava sorvete para todo mundo", relembrou.
Alguns dos objetos doados por Maguila, inclusive, estão expostos na sala Notáveis Sergipanos, do Memorial de Sergipe. A sala foi inaugurada no fim de 2023 e conta com peças do acervo pessoal da família. O local fica em Aracaju e pode ser visitado de terça-feira a sábado, das 10h às 16h.