Boxe e Judô somam cinco medalhas e contribuem para melhor participação do Brasil em Olimpíadas
As artes marciais tiveram um papel determinante para esse sucesso do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ao todo, cinco das 21 medalhas saíram do Boxe e Judô
No último domingo (8) chegou ao fim os Jogos Olímpicos de 2020. A edição realizada em Tóquio, no Japão, foi a melhor em número de medalhas na história da delegação brasileira. As artes marciais tiveram um papel determinante para esse sucesso do Time Brasil. Ao todo, cinco das 21 medalhas saíram do Boxe e Judô.
O Boxe brasileiro teve a melhor campanha da história em Jogos Olímpicos com três medalhas. O grande destaque ficou com Hebert Conceição que foi medalhista de ouro. O baiano estava perdendo, mas conquistou um nocaute no último round para derrotar o ucraniano Oleksandr Khyzhniak no peso-médio. Já nos leves feminino, Beatriz Ferreira faturou a medalha de prata após uma sólida campanha na competição. Na final, ela perdeu para a irlandesa Kellie Harrington. Por fim, Abner Teixeira foi bronze nos pesados.
Nas programa olímpico do Boxe, quem passa para semifinal já garante, pelo menos, a medalha de bronze, por não existir disputa de terceiro lugar. Outros brasileiros estiveram próximo disso. No peso-leve, Wanderson de Oliveira parou nas quartas de final, assim como Keno Marley nos meio-pesados. Ambos se apresentaram bem e ficaram a um passo do pódio. Já a peso-mosca Graziele Jesus foi derrotada na primeira luta.
Judô mantém tradição em Olimpíadas
Considerado o maior templo do Judô mundial, a Nippon Budokan, foi o palco da modalidade nos Jogos de Tóquio. O Judô brasileiro manteve a tradição de subir ao pódio em todas as Olimpíadas desde Los Angeles 1984 e registrou dois bronzes no Japão. Quem também fez história foi Mayra Aguiar que chegou ao terceiro pódio em competições olímpicas. A atleta da Sogipa foi bronze até 78kg - repetindo o feito de Londres 2012 e Rio 2016. Já Daniel Cargnin faturou sua primeira medalha em Jogos Olímpicos na categoria até 66kg. A modalidade é a que mais trouxe medalhas para o Brasil em todos os tempos. Agora são 24.
Outros nomes consagrados do Brasil estiveram na competição, mas não subiram ao pódio. Porta-bandeira da abertura em Tóquio, Ketleyn Quadros não conseguiu avançar na repescagem pela busca da segunda medalha olímpica, assim como Rafael Silva que parou na lenda francesa Teddy Riner. "Baby" tentava o terceiro pódio em Olimpíadas. O momento que gerou mais indignação na torcida brasileira foi a derrota de Maria Portela por desclassificação no tempo extra para russa Madina Taimazova - após a judoca do Brasil chegar a aplicar um waza-ari que não foi assinalado pela arbitragem, mesmo com a assistência do vídeo.
Gabriela Chibana chegou a aplicar um ippon em 14 segundos na estreia, mas não passou da segunda rodada, assim como Eric Takabatake. O desempenho foi semelhante ao de Larissa Pimenta que caiu diante da sensação japonesa Abe Uta. Suelen Altheman venceu a primeira luta, mas machucou o joelho no duelo seguinte ao sofrer um ippon e não teve como voltar para repescagem. Eduardo Barbosa, Yudy Santos, Renato Macedo e Rafael Buzacarini foram eliminados na estreia. Na disputa por equipes mistas, uma novidade na programação do Judô, a Seleção Brasileira perdeu para a Holanda e Israel ambos por 4 a 2.
Taekwondo e Wrestling sem pódios
No Taekwondo, até 67kg, quem chegou mais perto de uma medalha foi Milena Titoneli. A brasileira fez ótima campanha nos Jogos e avançou na repescagem, mas perdeu para a marfinense Ruth Gbagbi por 12 a 8 na disputa pelo bronze. Ícaro Miguel (até 80kg) e Netinho Marques (até 68kg) parara na estreia.
Já no Wrestling, o Brasil não conquistou vitória. Laís Nunes parou na estreia após derrota por 4 a 1 para a búlgara Taybe Yusein. Aline Silva também caiu na primeira fase. A turca Yasemin Adar venceu por 6 a 0 no estilo livre. No estilo greco-romano, Eduard Soghomonyan foi superado pelo alemão Eduard Popp.