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Boxe

Filipinos se indignam com revés de Pacquiao: "juízes cegos"

3 mai 2015 - 07h50
(atualizado às 12h59)
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A derrota do boxeador filipino Manny Pacquiao diante de seu maior oponente, Floyd Mayweather Jr, no que foi tachado como "combate do século", deixou os filipinos indignados e decepcionados ao considerar que seu compatriota deveria ter saído vencedor.

"Está claro que Pacquiao ganhou, mas parece que os juízes estavam cegos", disse Joel Santiago, uma das cerca de 2 mil pessoas que foram ao colégio primário Isabela dos Reis, no populoso bairro de Tondo, em Manila, para testemunhar o enfrentamento entre os dois titãs do boxe.

Público não gostou do resultado final, julgando arbitragem tendenciosa
Público não gostou do resultado final, julgando arbitragem tendenciosa
Foto: Dondi Tawatao / Getty Images

O combate, cujo resultado causou uma desilusão enorme entre os filipinos, despertou uma expectativa sem igual no arquipélago asiático, onde Pacquiao é considerado um herói nacional e um exemplo de superação e humildade.

Por isso, e consciente de que a maior parte da população queria ser testemunha do que foi qualificado como um dos eventos esportivos mais importantes da história recente, o governo das Filipinas preparou telões em mais de 100 pontos do país (ginásios, escolas, ruas e estádios) para quem quisesse acompanhar o combate.

Desde a primeira hora da manhã de hoje, os centros começaram a receber centenas de milhares de pessoas e as principais avenidas de Manila ficaram desertas, desenhando uma paisagem quase apocalíptica.

Inclusive as igrejas das zonas mais povoadas da cidade, às quais o devoto povo filipino costuma comparecer sem falta aos domingos de manhã, contavam apenas com a presença de uns poucos fiéis.

A escola Isabela dos Reis já tinha recebido várias centenas de pessoas três horas antes da hora prevista para o início do enfrentamento entre Pacquiao e Mayweather, onde foram repartidos leques de papelão para lutar contra o calor e a umidade que castigam Manila nesta época do ano.

Milhares se reuniram para assistir Manny Pacquiao
Milhares se reuniram para assistir Manny Pacquiao
Foto: Dondi Tawatao / Getty Images

"Nosso Pacquiao vai ganhar sem dúvida porque ele luta com todo seu coração pelo povo filipino. Não como Mayweather, que a única coisa que lhe importa é o dinheiro", declarou Reniel Sale, trabalhador de alfândegas em Manila.

Antes do início da briga, quando milhares de moradores já ocupavam o ginásio da escola, os presentes causaram avoroço ao ver pela primeira vez o pugilista filipino no telão, e se emocionaram até quando a luva de Pacquiao tocou pela primeira vez sobre Mayweather.

A cada murro, o ânimo dos filipinos se aquecia mais, até chegar aos gritos histéricos e aos saltos e aplausos.

Embora os filipinos tenham mantido a fé até o final do combate, o silêncio se apoderou da escola primária quando foi anunciado o ganhador, Floyd "Money" Mayweather, justo no momento no qual começava a cair uma tromba d'água de água sobre a cidade.

"Mayweather é de Las Vegas, exatamente onde foi realizado o combate, portanto o que podemos esperar disso?", comentou depois do final do enfrentamento Nelson Almería, grande torcedor de Pacquiao.

"Está claro que os juízes prejudicaram Pacquiao. Nos roubaram o combate", acrescentou Almería enquanto mostrava a pasta que levava consigo, onde guarda centenas de fotos do boxeador filipino mais importante da história.

Apesar da derrota no "combate do século", como foi denominado, os filipinos seguem apoiando cegamente seu ídolo, e esperam que chegue o momento no qual Pacquiao tenha outra oportunidade de vencer Mayweather.

"Tenho certeza de que Pacquiao se recuperará desta derrota", anunciou convencido Leonardo Gaspar, taxista de 61 anos.

"No próximo combate contra Mayweather poderá demonstrar do que é capaz. Porque voltarão a se enfrentar, isso sabemos. Pagam muito dinheiro para que rejeitem outro enfrentamento", argumentou o filipino.

Como em outros combates de Pacquiao, o arquipélago filipino esteve de olho em seu herói nacional, inclusive os guerrilheiros muçulmanos no sul do país que penduraram seus fuzis e seguiram a luta em seus acampamentos.

EFE   
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