"Luta do século" põe em jogo cinturão com 3.017 esmeraldas
O cinturão que será dado ao vencedor da "luta do século" entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao foi exibido na última terça-feira, na Cidade do México, e mostrou, assim como o combate, toda sua extravagância. Equivalente a um troféu para a modalidade, o objeto foi apresentado pelo presidente do Conselho Mundial de Boxe (CMB), Mauricio Sulaimán, e pelo ex-campeão dos pesos pesados, Larry Holmes. Ele foi criado por 20 artesãos mexicanos, responsáveis pela aplicação manual de nada menos que 3.017 esmeraldas.
"As oportunidades não vêm com facilidade. Quando você é um campeão, deve agir como um campeão", disse Holmes sobre a expectativa de lutar por um prêmio como um cinturão de esmeraldas.
Sulaimán, por sua vez, não quis especular sobre o custo do cinturão e avisou que só é possível obtê-lo através da vitória no ringue. "Não há um cálculo econômico para o cinturão. Representa as Filipinas, os Estados Unidos, e toda a indústria do boxe". Por fim, o proprietário do CMB admitiu que o valor do objeto pode ultrapassar US$ 1 milhão (cerca de R$ 3 milhões).
Os 20 artesãos mexicanos, que não tiveram seus nomes revelados, trabalharam durante várias semanas na fabricação das placas, na aplicação da pintura nas bandeiras dos 167 países filiados ao CMB, e na aplicação manual das 3.017 esmeraldas.
"Tem um conteúdo de prata e de ouro, e as moedas são de ouro com os rostos de Pacquiao, Mayweather, Muhammad Ali e de José Sulaimán (ex-presidente do CMB)", explicou o atual mandatário.
Floyd Mayweather Jr., 37 anos, é dono de uma carreira invicta, na qual venceu suas 47 lutas, sendo 26 delas por nocaute. Adversário do americano, Pacquiao, um ano mais jovem, saiu vencedor do ringue 57 vezes (38 por nocaute) e perdedor em duas, além de ter empatado em cinco oportunidades.
As expectativas são de que a luta possa arrecadar nada menos que US$ 250 milhões (R$ 760 milhões), sendo que 60% dessa quantia terá como destino a conta bancária de Mayweather, e o restante para Pacquiao.
O combate, que deverá ser o mais lucrativo da história, colocará em jogo os cinturões do americano na categoria meio-médio do Conselho Mundial de Boxe (CMB) e da Associação Mundial de Boxe (AMB), enquanto o filipino correrá o risco de perder o título da Organização Mundial de Boxe (OMB).