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Lutador negro da seleção de taekwondo leva 'voadora' por estar abraçado com mulher branca

Gabriel Campolina foi agredido em uma estação de trem em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo

15 mai 2024 - 18h24
(atualizado às 18h59)
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Gabriel Campolina foi agredido em uma estação de trem em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
Gabriel Campolina foi agredido em uma estação de trem em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
Foto: Reprodução/Instagram/mussun_tkd

Gabriel Campolina, lutador negro da seleção brasileira de taekwondo, foi agredido com uma 'voadora', na terça-feira, 14, em uma estação da CPTM de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, por estar abraçado com uma mulher branca.

O agressor foi atacado por passageiros que estavam no local e detido pela polícia. Às autoridades, Matheus Cerqueira Santana contou que cometeu a violência física e psicológica por estar “estressado”.

No momento da agressão, Campolina estava ao lado de Sabrina Soares dos Reis Santos, companheira de treino, em uma escada da estação, enquanto aguardava outros colegas.

Em seu Instagram, o atleta relatou o momento e afirmou que não se machucou. Ele também destacou que em breve contará mais detalhes do ocorrido.

“Eu estou bem. Não sofri nenhuma lesão. Apenas me defendi dos golpes que esse indivíduo tentou acertar. Estava com uma companheira de treino esperando companheiros de treino no metrô. Nunca vi isso na minha vida. Só gostaria de agradecer pelas mensagens e que Deus abençoe vocês”, disse o lutador.

Confederação Brasileira de Taekwondo

Por meio das redes sociais, a CBTKD emitiu nota lamentando o ocorrido e demonstrou apoio ao atleta. A entidade reforçou que disponibiliza cursos de combate ao racismo.

“Nota de Repúdio contra Ofensa Racista Sofrida pelo atleta Gabriel Campolina dos Santos:

Nós, Confederação Brasileira de Taekwondo, vimos por meio desta expressar nosso veemente repúdio e indignação diante da ofensa racista dirigida ao atleta Gabriel Campolina dos Santos. É inadmissível que em pleno século XXI, em uma sociedade que preza pela igualdade e respeito mútuo, ainda nos deparemos com atos tão repugnantes de discriminação racial.

A discriminação racial não só fere a dignidade humana, mas também vai contra os valores de justiça e igualdade que buscamos promover em nossa comunidade. Repudiamos veementemente qualquer forma de preconceito, seja ele racial, étnico, religioso ou de qualquer outra natureza.

Expressamos nossa solidariedade ao atleta Gabriel Campolina dos Santos e reiteramos nosso compromisso em combater ativamente o racismo e todas as formas de discriminação. É dever de todos nós lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam viver livremente, sem medo de serem alvo de ódio e intolerância.

Devemos agir firmemente para garantir que casos como este não se repitam, e que os culpados sejam responsabilizados conforme a lei.

Encorajamos também a reflexão e o diálogo dentro de nossa comunidade, promovendo o respeito à diversidade e o entendimento mútuo como ferramentas essenciais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Reiteramos nosso apoio a Gabriel Campolina dos Santos e a todas as vítimas de discriminação racial, e nos comprometemos a continuar lutando por um mundo onde o respeito e a dignidade de cada indivíduo sejam verdadeiramente valorizados.

Lembramos que o Comitê Olímpico Brasileiro disponibiliza cursos de combate ao racismo. Maiores informações em www.cob.org.br.

Estamos com você. Gabriel Campolina”.

Fonte: Redação Terra
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