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Lutas Olímpicas

Após o bronze, Baby revela ansiedade por desfile em carro aberto

19 ago 2016 - 10h03
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Medalha de bronze no judô dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Rafael Silva, o "Baby", da categoria pesado (+100kg), falou com exclusividade à Gazeta Esportiva durante visita à Fundação Cásper Líbero. O brasileiro ficou em terceiro lugar na competição após derrotar Abdullo Tangiev, do Uzbequistão. Na semifinal, Silva foi eliminado pelo francês Teddy Riner, bicampeão olímpico (2012 e 2016) e oito vezes campeão mundial.

Natural de Campo Grande (MS), mas criado em Rolândia, interior do Paraná, o atleta confirmou a ansiedade em voltar para a cidade que considera seu berço, e reencontrar os fãs que o apoiaram durante  o ciclo olímpico. Durante o período de preparação para o Pan de Toronto (2015), o judoca sofreu uma lesão no músculo peitoral, passou por cirurgia e voltou aos treinos em dezembro do ano passado, lutando para conquistar a vaga nos Jogos.

"Estou bastante ansioso para o retorno. A cidade acompanhou toda a minha trajetória até o final do ciclo. Eu me machuquei, foi difícil para voltar, então eles sofreram juntos ate a reta final, na conquista da medalha. Quero dividir com eles esse prazer de ter levado o bronze. Terá um desfile em carro aberto e eu acho que a cidade vai me receber muito bem", disse Baby.

Sem medalhas de ouro no judô masculino desde Barcelona 1992, com Rogério Sampaio (67kg), mas duas femininas nas Olimpíadas mais recentes, como Sarah Menezes (48kg, Londres 2012) e Rafaela Silva (57kg, Rio 2016), o atleta credita o sucesso das mulheres à uma reestruturação no trabalho realizado com as judocas brasileiras.

"Todo o judô feminino e o trabalho realizado com elas foi muito marcante para essa trajetória vitoriosa. A primeira medalha olímpica das mulheres no judô em Pequim 2008 (com Ketelyn Quadros, 57kg), depois o ouro da Sarah, agora a Rafaela, provam que o esporte feminino está muito competitivo e conquistando resultados expressivos como o masculino", afirmou. "Acima de tudo, é o judô brasileiro. A preparação feita para os Jogos foi a mesma, a melhor possível, e os resultados aconteceram".

Apesar da expectativa sobre os representantes do judô brasileiro nos Jogos, Rafael Silva seguiu elogiando os resultados conquistados na Olimpíada em casa. Nos Jogos de Londres, o judô brasileiro faturou quatro medalhas, o ouro de Sarah, e o bronze com Felipe Kitadai (60kg), Mayra Aguiar (78kg) e o próprio Baby. No Rio de Janeiro, o topo do pódio se manteve com Rafaela, e os bronzes de Mayra e Rafael foram repetidos.

"Depois das quatro medalhas que conquistamos em 2012, a expectativa sobre nós realmente subiu, e foi possível sentir uma grande pressão no Rio. Mas o apoio da torcida contou muito, e acho que tudo o que realizamos foi excelente para o judô brasileiro", concluiu.

Agora, o judoca pretende descansar e aproveitar as férias merecidas após uma temporada desgastante de competições. Porém, o atleta de 29 anos confirmou que o foco de seus próximos treinos será visando as Olimpíadas de Tóquio, onde pretende seguir representando o Brasil.

"Com certeza já estou com a cabeça em 2020. Em breve vou começar a me preparar para as competições do ano que vem, mas por enquanto vou descansar um pouco, enquanto sigo treinando", comentou Silva. Bruna Gonçales, esposa de Baby, comemorou as férias do casal. "Nós nunca conseguimos viajar, e agora finalmente teremos essa oportunidade. Por enquanto estamos escolhendo o destino, mas já sabemos que será para fora do país", explicou.

* Especial para a Gazeta Esportiva

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