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Lutas Olímpicas

Brasileiro do Líbano se desculpa com juízes após revolta

9 ago 2016 - 14h52
(atualizado às 15h12)
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Nacif Elias não queria deixar o tatame
Nacif Elias não queria deixar o tatame
Foto: Getty Images

O judoca Nacif Elias, brasileiro que agora defende o Líbano após ter se naturalizado em 2013, se revoltou após ter sido eliminado pela arbitragem em sua luta de estreia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, contra o argentino Emmanuel Lucenti, na categoria meio-médio (até 81kg).

Punido por um golpe ilegal com pouco menos de 2 minutos de luta na Arena Carioca 2, palco do torneio olímpico de judô, Nacif teve o nome gritado pela torcida e se recusou a sair do tatame. Revoltado com a decisão da arbitragem, permaneceu por pelo menos cinco minutos reclamando de forma incisiva até seguir para a área dos atletas.

"Fui roubado!", declarou o judoca ao sair do tatame da Arena Carioca 2, ainda sob os aplausos da torcida brasileira, que apoiava Nacif, natural do Espírito Santo, também pelo fato de o atleta ter sido eliminado por um argentino.

Cerca de 45 minutos depois, Nacif voltou à área de competição e se desculpou com a arbitragem, um procedimento previsto na regra do judô e necessário para que o atleta não fosse punido.

"Esses últimos meses, eu treinei muito. Duas, três vezes ao dia. Passou um filme pela minha cabeça. Você ser desclassificado é triste. Na minha opinião, foi uma catimba argentina. No primeiro golpe ele já sentiu o cotovelo, depois ele caiu. Eu acato a decisão da Federação Internacional de Judô, peço desculpas ao público brasileiro, ao público mundial do judô, porque nós temos que preservar a filosofia e o espírito olímpico", disse o judoca.

"Mas espero que eles me entendam também. Foi um sentimento triste. Eu já tinha vencido o argentino duas vezes. A chave estava se abrindo, eu vi a medalha no meu peito", completou.

EFE   
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