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Lutas Olímpicas

Campeã olímpica, Rafaela Silva lembra de retorno após derrota em Londres

9 ago 2016 - 11h03
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Rafaela Silva deu a volta por cima. A judoca conquistou na última segunda-feira a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e superou o trauma da derrota sofrida nos Jogos de Londres, em 2012. Em coletiva nesta terça, ela revelou que após a eliminação, viveu momentos difíceis na carreira, e antes de conseguir se recuperar, chegou a pensar em abandonar o judô.

"A parte mais difícil da minha vida foi a volta ao tatame depois da derrota em Londres, quando pensei em abandonar a carreira. Foi um alívio por ter terminado a competição depois do que aconteceu em Londres. Chorei de felicidade dessa vez", declarou Rafaela.

O fato de ter passado por um cruzamento parecido com o dos Jogos de Londres no caminho até o ouro motivou ainda mais a judoca para conseguir o lugar mais alto no pódio dessa vez. Nas quartas de final, a rival foi a húngara Hedvig Karakas, algoz da brasileira em 2012, que dessa vez foi derrotada.

"Minha chave foi bem parecida com a de Londres. A única coisa que eu pensava era que poderia enfrentar a adversária de Londres. Lembrava da dor daquela derrota. Fui com toda a vontade. Doeu, doeu muito, quase desisti do meu esporte, e queria uma sensação diferente daquela", comentou Rafaela, que já mira novas conquistas no futuro e espera chegar com a mesma força nos Jogos de 2020.

"Sou bem jovem. Tenho 24 anos. A sensação que senti ontem quero sentir novamente. Quero dar mais alegria ao povo brasileiro. Quero continuar nas competições e ir para Tóquio", revelou.

Rafaela ainda demonstrou solidariedade com a colega de modalidade Sarah Menezes, que conseguiu medalha de ouro em Londres, mas não repetiu o feito no Rio de Janeiro, e espera, a exemplo dela mesma, uma recuperação de Sarah no futuro.

"Uma hora você está no alto, outra embaixo. A Sarah sabe da capacidade dela. Ela poderia estar com a medalha. Mas nunca sabemos quando vamos perder. Espero que ela mantenha a cabeça boa que tem e busque uma medalha para Tóquio-2020", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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