Ingressos caros afugentam público do UFC no Rio: "povão não tem vez"
Se os cariocas foram para as ruas se manifestar contra os preços exorbitantes do Maracanã, no UFC 163 a revolta parece que também surtiu efeito. O resultado são as arquibancadas vazias do HSBC Arena, na noite deste sábado, no Rio de Janeiro.
Com os ingressos iniciando em R$ 290 (inteira/arquibancada) e terminando em R$ 1.600 (inteira/ octógono premier), a primeira luta da noite, entre o brasileiro Viscardi Andrade e o americano Bristol Marunde, teve um público que não preenchia 30% do local. Cenário bem diferente dos outros eventos do UFC realizados no Rio, quando as arquibancadas já ficavam cheias desde a primeira luta do card preliminar.
Para o biólogo Renato Oliveira, 42 anos, que estava acompanhado da mulher, o preço dos ingressos e a distância são os grandes vilões.
"Queria muito trazer meus dois filhos que também adoram UFC, mas os preços são exorbitantes. Se a gente reclama dos preços cobrados no novo Maracanã, aqui é que o povão não tem vez. Fora a distância. Isso aqui é quase o fim do mundo. Moro na Tijuca e levei quase duas horas para chegar, e olha que é sábado", falou Oliveira, poucos minutos antes de assistir a Viscardi nocautear Marunde no primeiro round.
Mesmo com ingressos à venda nas bilheterias, o Terra flagrou alguns cambistas circulando no entorno da arena multiuso, vendendo entradas para o evento.