MMA feminino conta com lutadoras "sex symbols" para se consolidar
Em fevereiro deste ano, o Ultimate Fighting Championship (UFC) teve uma novidade: aconteceu a primeira luta entre mulheres, vencida pela campeã Ronda Rousey. Este pode ser o passo definitivo para que o MMA feminino se consolide internacionalmente. Mas as mulheres ainda têm um outro artifício para chamar atenção no esporte: a beleza de algumas atletas tem roubado a cena no octógono.
Apesar de grande parte das mulheres ser pior tecnicamente, a maioria das lutas do MMA feminino tem tido emoção e equilíbrio. Ainda assim, o que desperta a curiosidade do público leigo é outro assunto - já virou inevitável que algumas atletas sejam chamadas de musas, até porque elas também exploram esse perfil de "sex symbols".
O principal exemplo disso foi protagonizado por Ronda Rousey. Apesar de outras lutadoras, como Cris Cyborg e Gina Carano, já terem posado para a revista ESPN Body Issue - que valoriza exatamente o corpo dos atletas de quaisquer modalidades - o ensaio dela se destacou. Antes mesmo dela assinar com o UFC, já passou a chamar atenção por sua beleza.
Pouco tempo depois do ensaio, a principal rival de Ronda, Miesha Tate, fez o mesmo. Ela mostrou que seu corpo também pode impressionar e depois ainda ganhou a preferência do brasileiro Junior Cigano: "todo mundo gosta da Ronda, mas fiquei impressionado como a Miesha é bonita. Ronda também, mas é comum, algo que a gente vê bastante. Miesha é diferente, não é normal", comparou.
Apesar da beleza das lutadoras ganhar tanto destaque, o UFC diz que não utiliza esse artifício para divulgar o MMA feminino. Após consulta do Terra, a organização alegou que vê com naturalidade o assédio sobre as lutadoras, mas não trata as mulheres de forma diferente em relação aos homens.
“O UFC vê as lutadoras da mesma forma que os lutadores. Até agora, as mulheres têm representado o esporte e o UFC muito bem. Um exemplo é a ESPN Body Issue, uma publicação mundialmente reconhecida e que já estampou alguns dos maiores atletas do mundo", lembrou a organização, citando ainda o caso de um homem que apareceu na revista: "Jon Jones foi nosso primeiro atleta na publicação".
Outra notícia que causou alvoroço recentemente foi a contratação da russa Aleksandra Albu. Ela também trabalha como modelo e por enquanto tem apenas cinco lutas - com quatro vitórias e uma derrota. Por causa desse cartel pouco chamativo há quem acredite que ela só foi contratada por ser considerada bonita.
Interessado em fazer com que o MMA feminino ganhe espaço, o presidente do UFC, Dana White, também teve uma ideia que criou polêmica: reuniu homens e mulheres em uma mesma casa para a realização do reality show The Ultimate Fighter 18. Como sempre, o programa coloca dois atletas como treinadores e, dessa vez, as já citadas Ronda Rousey e Miesha Tate foram escolhidas para o cargo.
A ideia do programa é revelar talentos para o UFC, mas o que tem roubado a cena é a rivalidade existente entre as duas. Tanto a campeã quanto a desafiante já tiveram momentos de irritação por motivos pessoais, como no episódio em que Tate ficou com ciúmes ao ver seu namorado, Bryan Caraway, sentado ao lado de Ronda.
Tanta rivalidade tem criado expectativa para uma grande luta entre as duas, que acontecerá no dia 28 de dezembro, em Las Vegas, pelo UFC 168. Será a hora de ver se as duas principais musas do UFC podem chamar tanta atenção no octógono quanto já conseguiram diante das câmeras fotográficas.