Ronda sofre, mas repete chave pela 8ª vez e mantém cinturão
Ronda Rousey segue imbatível. Neste sábado, no UFC 168, em Las Vegas, a americana derrotou a compatriota Miesha Tate por finalização e manteve o cinturão do peso galo feminino. Como ocorreu em suas sete lutas anteriores, a judoca usou a chave de braço para conseguir o triunfo, mas desta vez sofreu mais do que o acostumado: foi além do primeiro round pela primeira vez.
A vitória de Ronda não foi bem aceita pela torcida, que vaiou a campeã após ela se recusar a cumprimentar Miesha ao fim da luta. "Primeiro tenho que dar parabéns a ela. Por tudo que aconteceu, não apertei a mão dela, mas a parabenizo. Para mim, minha família vem antes. Achei que ela me desrespeitou, então não pude cumprimentá-la", disse a campeã.
A rivalidade entre Ronda e Miesha é antiga. A judoca já havia vencido a adversária em 2012, pelo Strikeforce, e as lutadoras foram escolhidas como treinadoras do reality show The Ultimate Fighter 18. Durante o programa, as atletas trocaram provocações, e o clima quente seguiu para o octógono.
A luta começou com trocação, mas rapidamente Ronda seguiu seu roteiro. A campeã prensou Miesha contra a grade buscando a queda, e a adversária teve dificuldades para escapar. Quando Tate caiu, a judoca passou a tentar acertar socos no rosto da rival.
A luta foi para o chão, e Ronda buscou ajustar sua tradicional chave de braço. Miesha se defendia como podia, mas recebia golpes no processo. A campeã prendeu a adversária entre suas pernas e buscou o triângulo, mas a rival escapou. Bronze em Pequim, Rousey esbanjou sua técnica com os pés para derrubar Tate seguidas vezes.
Miesha chegou ao fim do primeiro round com o rosto castigado, mas conseguiu a façanha de levar Ronda pela primeira vez além do assalto inicial. A "Cupcake" ainda conseguiu escapar das tentativas de chave de braço da campeã, apesar de ser novamente prensada contra a grade do octógono. A judoca chegou a esticar o braço da adversária, que bravamente resistiu à vontade de bater.
Ronda não sabia o que significava ir além do primeiro round e descobriu neste sábado também o que é chegar ao terceiro. Neste assalto, entretanto, a chave de braço funcionou. Com Miesha bastante cansada, a judoca acertou seu tradicional golpe e confirmou a vitória.
Brasileiros perdem; Browne nocauteia
O card principal teve início com duelo entre dois atletas que vivem bom momento. O brasileiro Diego Brandão, que sofreu acidente de carro há duas semanas, teve pela frente o americano Dustin Poirier, e acabou não sendo capaz de mostrar um bom desempenho. O cearense foi pressionado desde o começou e viu o nocaute ser decretado a 4min54s do primeiro round.
A seguir, outro brasileiro subiu ao octógono, e o resultado não foi muito melhor. O veterano Fabrício "Morango" Camões teve pela frente Jim Miller e não conseguiu fazer seu jogo. Do outro lado, o americano buscou usar o jiu jitsu e derrotou o carioca por finalização a 3min42s do primeiro assalto.
A terceira luta do card preliminar também não durou muito tempo. Travis Browne, que veio de vitórias sobre Gabriel "Napão" Gonzaga e Alistair Overeem, mostrou porque vem sendo cotado a disputar o cinturão e encerrou a luta a 1min do primeiro round. O havaiano escapou do muay thai de Josh Barnett, acertou uma dura joelhada no adversário e conseguiu o nocaute por meio de cotoveladas na lateral da cabeça do rival.