Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lutas

Morre Roberto Lage, um dos precursores do jiu-jítsu no País

Ao lado da família Gracie, Jiu Jiteiro, como era conhecido, ajudou a desenvolver esporte no Brasil, graduando vários lutadores faixas-preta

20 ago 2021 - 16h03
(atualizado às 16h26)
Compartilhar
Exibir comentários

Precursor do jiu-jítsu no Brasil, o mestre Roberto Lage morreu nesta sexta-feira, aos 71 anos, em São Paulo. A causa da morte não foi revelada. Há alguns anos, o lutador foi vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) e precisou reduzir suas atividades físicas ao mínimo. Apesar disso, ainda conseguia dar aulas na Academia KITO, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista.

Roberto Lage, um dos precursores do jiu-jitsu no Brasil, morreu aos 71 anos.
Roberto Lage, um dos precursores do jiu-jitsu no Brasil, morreu aos 71 anos.
Foto: Reprodução/Champion Jiu Jitsu Internacional / Estadão

Lage iniciou sua trajetória nas artes marciais no judô, quando tinha oito anos. Começou a treinar caratê dez anos depois, até chegar no jiu-jítsu aos 25. Por causa de seu trabalho, ele foi convidado para seminários ao redor do mundo e colaborou com as Forças Armadas em uma base brasileira em São Paulo como técnico de auto-defesa.

No sistema de classificação do judô, denominado dan, ele pertencia ao 6º nível, enquanto era dono da faixa coral no jiu-jítsu desde 2012, a sétima e maior graduação do alto escalão da arte marcial.

Sendo uma figura importante para a disseminação do esporte em São Paulo, Lage treinou bastante com o mestre Octávio de Almeida. Depois, se tornou instrutor da luta e formou a Equipe Lage, na qual graduou vários faixas-pretas, entre eles Fernando Yamasaki e sua própria filha, Patricia Lage, que foi uma das primeiras mulheres a atingir o nível máximo na modalidade.

O Jiu Jiteiro fazia parte de uma linhagem tradicional no esporte. Mitsuyo Maeda, judoca japonês naturalizado brasileiro, foi importante para sua criação no País e é chamado de "pai do jiu-jítsu brasileiro".

Na sequência, veio Carlos Gracie, mestre que auxiliou na criação do sistema de arte marcial no Brasil, junto com seu irmão e aluno, Hélio. A fama da família tem origem em suas contribuições. Após os primeiros Gracie, surgiram Rickson Gracie e Marcelo Behring, lutador que morreu de forma trágica há 26 anos. Fernando Yamasaki, pupilo de Behring, é o último integrante da linhagem do jiu-jítsu brasileiro.

Em sua trajetória no jiu-jítsu, Lage se sagrou campeão paulista por seis vezes e foi medalha de prata no Pan-Americano de 1996. Como judoca, entre vários outros títulos conquistados, ele também foi cinco vezes campeão estadual em São Paulo.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade