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Sucuri relembra infância humilde após conquista no XFC

14 jul 2015 - 11h26
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No último dia 4 de julho, em São Paulo, ao vencer a finlandesa Vuokko Katainen por decisão unânime dos juízes laterais no XFCi 10, a cearense Viviane Pereira se sagrou campeã do torneio peso-palha (até 52,2kg) da segunda temporada do XFC. Agora a jovem "Sucuri", como é conhecida, irá lutar pelo cinturão da categoria em data ainda a ser definida, contra a curitibana Vanessa Guimarães, que foi a vencedora do torneio na primeira temporada ao derrotar a xará Vanessa Mello, em setembro de 2014. 

O triunfo suado contra Vuokko Katainen resultou no primeiro título de Viviane Sucuri pela franquia americana. Agora, a lutadora da Dragon Kombat quer faturar também o cinturão da divisão e mostrar aos fãs que é a número um entre as competidoras de sua categoria. “Eu não consegui render o que esperava nesta última luta e não gostei do meu desempenho, mas tive aquela sensação de dever cumprido após a vitória. Agora quero conquistar o cinturão do XFC e mostrar que sou única. Treinarei ainda mais para derrotar a Vanessinha”, garante.

Viviane Sucuri superou dificuldades na infância para chegar onde chegou
Viviane Sucuri superou dificuldades na infância para chegar onde chegou
Foto: Fusion Photography/Divulgação

Nascida em Tauá, cidade do interior cearense a 320 km de Fortaleza, Viviane teve uma infância difícil, convivendo diariamente com muitos problemas familiares e sociais. O álcool manteve seu pai distante e a fome fazia parte do cotidiano da família Pereira, que tinha a mãe, Dona Rita, como líder e disciplinadora assídua. Sucuri e seus três irmãos chegaram até a se alimentarem de lavagem de porco nos momentos mais complicados. Um passado a ser esquecido, mas não totalmente. As dificuldades de outrora motivam o presente para moldar o futuro ideal.

“Quero esquecer minha infância, mas ainda lembro bastante dela e a uso a meu favor. Minha inspiração é nas dificuldades diárias que passei quando era criança e nas que passo atualmente para treinar. Sem dúvida é algo que energiza e me dá um ânimo a mais no hexágono. Pensei muito nisso enquanto lutava com a Vuokko”, revela a cearense, que segue invicta na carreira, com nove vitórias em nove lutas

Viviane Pereira creditou sua conquista a uma soma de diversos fatores, como seu próprio dom, à motivação pelas dificuldades superadas e às orientações de seu professor. Sucuri revelou também como foi a comemoração pela medalha de ouro obtida no XFC: comida da mãe e refrigerante. “Nasci para lutar e tenho um talento nato. Encaro os desafios buscando me superar, na vida pessoal inclusive. Meu mestre Marcos Batista mostrou o caminho para o sucesso e sou grata a ele e ao XFC pela oportunidade. Já voltei a treinar, mas comemorei bastante com minha mãe principalmente, matando a saudade do arroz com peixe que ela faz e bebendo muito refrigerante, que é algo que não posso ingerir enquanto me preparo para uma luta”, confessa.  

Fonte: Terra
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