Mauricio Souza se compara a goleiro Bruno e diz: 'Passou do limite isso de impor na sociedade uma coisa dessas'
Jogador de vôlei foi demitido do Minas Tênis Clube após comentários homofóbicos
Demitido do Minas Tênis Clube após comentários homofóbicos, o central Mauricio Souza voltou a versar sobre o caso envolvendo a bissexualidade do Superman. O jogador de vôlei reconhece que a polêmica o prejudicou, mas acredita que 'passou dos limites isso de impor na sociedade uma coisa dessas'.
- Nunca imaginei que isso poderia acontecer, sempre defendi as cores que eu acreditava. O que aconteceu foi que eu vi aquele quadrinho, imaginei que meus filhos pudessem assistir àquilo e não gostei. Só dei minha opinião sobre aquilo. Acho que passou do limite isso de querer impor na sociedade uma coisa dessas - disse Maurício, em entrevista ao podcast conservador 'ConservaTalk'.
- Me prejudiquei? Prejudiquei. Mas imagina se fosse um cidadão comum, que não tivesse estrutura, fosse assalariado... imagina a vida da pessoa? Estaria destruída. Hoje, graças a Deus, em 17 anos de vôlei pude construir uma carreira legal. Acima disso estão meus princípios e valores. Se for para pagar o preço de perder meu emprego, que seja, infelizmente - completou.
Sem clube desde o desligamento do Minas, o central olímpico comparou-se ao goleiro Bruno, ex-jogador do Flamengo condenado pelo assassinato de Eliza Samudio. Ele explica que, assim como o arqueiro, sua carreira está manchada.
- No futuro, vai ser difícil um time querer me contratar por tudo que aconteceu. Pela minha opinião, é capaz de eu me comparar ao goleiro Bruno, que foi do Flamengo, que cometeu aquela tragédia, entendeu? É mais ou menos o mesmo resultado final. Todo mundo vai apoiar o Maurício, mas vão falar: 'pera aí, é perigoso'. Então isso vai me prejudicar, obviamente já me prejudicou. Vai ser difícil. Manchou a minha carreira, talvez eu não jogue mais voleibol - pontuou.
Por fim, Mauricio Souza ainda mandou um recado aos conservadores.
- Que isso sirva de exemplo para todos: hoje aconteceu comigo, mas amanhã pode acontecer com você. A partir do que aconteceu comigo, o nosso dever, dos conservadores, é lutar contra isso a partir de hoje, é nossa missão. Lutar contra esse cancelamento, esse tipo de imposição na sociedade, afinal de contas nós somos a maioria - concluiu.