Rivaldo é acusado de apropriação quando era presidente do Mogi Mirim
O ex-atacante Rivaldo está sendo acusado de vender o patrimônio do Mogi Mirim e passar dois centros de treinamento para seu próprio nome durante o período em que geriu o clube, entre 2008 e 2015. Os três sócios que presidem atualmente o Sapão, como é carinhosamente chamada a agremiação do interior, também alegam que o pentacampeão mundial recebeu em conta particular uma quantia milionária referente à uma parceria do Mogi Mirim com uma empresa do Uzbequistão, conforme reporta o jornal Folha de S. Paulo.
Os dois centros de treinamento do Mogi Mirim foram passados para o nome de Rivaldo em 2013, época em que o ex-jogador havia autorizado, através de procuração, que seu ex-advogado Wilson Bonetti tomasse decisões de seu interesse. Os ex-jogador assinou duas procurações, uma em 2007 e outra em 2014, sendo que a última era específica para assuntos relacionados à administração do clube do interior paulista.
Rivaldo chegou ao Mogi Mirim em 2008 após a morte de Wilson Barros, presidente do clube desde 1981. Na época, o ex-jogador acertou a compra da agremiação ao quitar suas dívidas avaliadas em R$ 1,8 milhão. Ele assumiu o Mogi Mirim na época em que o clube possuía como patrimônio 14 apartamentos d=na cidade, que posteriormente foram vendidos, e mais dois centros de treinamento.
A principal questão do processo que está sendo movido contra Rivaldo na 2ª Vara Cível de Mogi Mirim envolve a parceria do ex-jogador com uma empresa uzbeque. Ele firmou contrato com a Zeromax GMBH, dona do Bunyodkor, clube em que atuou entre 2008 e 2010. Neste biênio, a companhia se comprometeu a depositar mensalmente a quantia de 114,5 mil euros, o equivalente a R$ 430 mil, nas contas do Mogi Mirim, porém, os valores caíam diretamente na conta do pentacampeão mundial, que repassava o montante ao seu clube como empréstimo.
O advogado de Rivaldo, Betellen Dante, contestou as acusações do trio de sócios do Mogi Mirim e não crê que seu cliente levou vantagem durante o período em que era o proprietário do clube. Segundo Dante, o ex-jogador investiu R$ 15 milhões no clube e foi ressarcido com menos que isso ao vende-lo. Já sobre o dinheiro recebido pela Zeromax GMBH, o advogado alegou que era referente ao salário de Rivaldo quando jogava no Bunyodkor.