Bagnaia domina Áustria e vence 3ª seguida em 2022. Quartararo põe Yamaha no 2º lugar

BAGNAIA ENGATA BOA SEQUÊNCIA E BOTA PRESSÃO EM CIMA DE QUARTARARO NA MOTOGP

Francesco Bagnaia confirmou no GP da Áustria que vive mesmo uma grandessíssima fase. Vindo de duas vitórias, o italiano de Torino enfileirou mais uma, dando à Ducati três triunfos seguidos na MotoGP pela primeira vez desde Casey Stoner, ainda na temporada 2008.

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Fabio Quartararo, mais uma vez, carregou a Yamaha nas costas, encarando a Ducati como se o pudesse fazer de igual para igual. O francês recebeu a bandeirada em segundo, diante de Jack Miller, Luca Marini e Johann Zarco, todos equipados pela casa de Borgo Panigale.

Francesco Bagnaia tomou a ponta logo na largada (Foto: Vladimir Simicek/AFP)

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Vice-líder do campeonato, Aleix Espargaró teve problemas com a moto já na largada e fez uma corrida discreta. Acabou em sexto, à frente de Brad Binder, Álex Rins e Marco Bezzecchi.

Jorge Martín brigou pelo pódio, mas caiu na volta final, tentando ultrapassar Jack Miller na curva 1. O espanhol ainda voltou para a pista, mas apenas para receber a bandeirada em décimo. Ainda assim, foi mais sortudo do que Enea Bastianini. O rival pela vaga na equipe de fábrica da Ducati em 2023 teve um furo de pneu ainda no início do GP da Áustria e abandonou.

Com o resultado, Quartararo vai a 200 pontos cravados, elevando para 32 a vantagem na liderança do Mundial de Pilotos em relação a Aleix Espargaró. Bagnaia, porém, tem agora 44 a menos que o líder. Zarco assumiu o quarto posto, diante de Miller e Bastianini.

A MotoGP volta às pistas no próximo dia 4 de setembro para o GP de San Marino e da Riviera de Rimini, em Misano. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

Saiba como foi o GP da Áustria de MotoGP:

A ameaça de chuva seguia pairando no ar, mas a pista estava seca quando os pilotos da MotoGP partiram para o grid do Red Bull Ring. Com o céu nublado, a temperatura estava em 21°C, com o asfalto chegando a 23°C. A umidade relativa do ar era de 56%, com o vento soprando a 8 km/h.

Na saída para o grid, a escolha de pneus foi bem variada, especialmente em termos de dianteiros: Ducati, Pramac, Gresini e Luca Marini calçaram o macio; Marco Bezzecchi, as Honda, as Suzuki e as Yamaha foram de médios; já as Aprilia e as KTM colocaram os duros. Na traseira, Aprilia, Ducati, Pramac, Bastianini, Bezzecchi, Stefan Bradl, Takaaki Nakagami e Joan Mir foram de macios, enquanto Fabio Di Giannantonio, Luca Marini, Pol Espargaró, Álex Márquez, as KTM, Álex Rins, e as Yamaha calçaram o médio.

Antes da largada, porém, uma série de mudanças: Pol Espargaro trocou para dianteiro duro e traseiro macio. Nakagami e Mir foram para duro dianteiro e médio traseiro, mesma opção de Martín. Quartararo, Franco Morbidelli, Darryn Binder, Andrea Doviozioso, Márquez, Bezzecchi e Marini optaram pelo dianteiro duro. Pecco, Miller e Zarco foram de traseiro médio.

Quando as luzes se apagaram, os 92.035 espectadores na pista de Spielberg viram Bagnaia tomar a ponta de Bastianini no mergulho para a curva 1. Miller ficou em terceiro, diante de Martín e Quartararo. Viñales era o sexto, diante de Marini e Rins. Zarco não saiu bem e caiu para 12º.

Ainda nos primeiros metros da corrida, Joan Mir caiu na curva 4, o sexto abandono em nove corridas. A temporada desandou completamente para o campeão de 2020 após o anúncio da retirada da Suzuki do campeonato no fim do ano.

Viñales logo foi ao ataque, tomando a quinta colocação. Mais atrás, Aleix passou Marini para ser sétimo. Luca também foi alvo de Zarco, que já vinha em oitavo.

Depois de duas voltas, o quarteto de Ducati na liderança já vinha descolado do pelotão, com 1s1 de margem em relação a Viñales. Entre eles, porém, a diferença quase não existia.

Pouco a pouco, Pecco foi construindo vantagem. Na volta 4, o italiano abriu 0s4 de margem para Bastianini, que foi superado por Miller na curva 3. A casa de Bolonha deixou os pilotos livres para a briga e pediu apenas que tivessem juízo.

Enea, aliás, caiu para quarto na sequência, com Martín passando também. O troco do piloto da Gresini, contudo, foi veloz. Os dois ainda brigam pela vaga na equipe de fábrica em 2023.

Mesmo com Jack na caçada, a vantagem de Bagnaia na Áustria só fez subir: na volta cinco, o italiano já tinha 0s584 de margem.

Nesse ponto da prova, por sinal, Viñales deu uma bela escapada na curva 4, caindo para a oitava posição, atrás de Quartararo, Aleix e Zarco.

Na ponta, Martín passou Bastianini, que foi superado por Quartararo pouco depois, caindo para a quarto. A Gresini, então, teve problemas, o que forçou o italiano a abandonar a curva 3.

Assim, Martín se viu isolado em terceiro, com mais 1s2 de vantagem em relação a Quartararo, que vinha na quarta colocação.

Pelo replay, foi possível ver que Aleix Espargaró teve problema com o dispositivo de largada da RS-GP, o que causou a largada ruim do catalão.

No fim da volta sete, Miller aproveitou a curva 10 para lançar um ataque na direção de Pecco. Mas foi só aquela ensaiadinha. O australiano, porém, seguiu a perseguição, sem conseguir um ponto de ultrapassagem.

Enquanto a caçada continuava, Martín ia chegando, cada vez mais próximo dos ponteiros. Quartararo, então, era quem ficava isolado, 1s4 atrás de Jorge e 1s3 à frente de Aleix.

Na volta seguinte do GP da Áustria, Bagnaia conseguiu respirar um bocado, abrindo 0s6 de diferença para Miller. O australiano, contudo, tinha Martín no cangote.

De acordo com Simon Crafar, repórter do serviço de streaming da MotoGP, o abandono de Enea foi causado por um furo de pneu, que fez com o dianteiro esvaziasse.

Com 15 voltas para o fim, Luca Marini avançou para a sexta colocação depois de engolir Maverick Viñales. O italiano agora tinha 2s4 de atraso para chegar em Aleix, o quinto. Na frente do catalão, Quartararo tinha sido alertado a respeitar os limites de pista, mas já vinha bem mais próximo de Martín: 0s6.

Ainda com 12 voltas para o fim, Quartararo aproveitou uma errada de Martín na chicane para passar e tomar o terceiro posto. O piloto da Pramac passou pelo trecho da volta longa, já tentando evitar uma sanção posterior.

Jorge foi ficando pelo caminho e logo cedeu 0s6 de diferença para Fabio. O espanhol chegou a levantar o braço, sinalizando que tinha algum problema, causando preocupação nos boxes da Pramac.

Na ponta, Bagnaia se via livre da pressão. Com dez voltas para o fim, o italiano de Torino tinha 0s9 de vantagem para Miller, que, por sua vez, respirava com 0s6 de frente para Quartararo.

Ameaça ao longo de todo o fim de semana, a chuva parecia se aproximar mais e mais, com nuvens carregadas cobrindo parte do circuito. Nos boxes os mecânicos já tinham as motos reservas preparadas.

Enquanto isso, Quartararo ia colando em Miller, com Marini jogando a favor da Ducati ao passar Aleix Espargaró para derrubar o catalão para a sexta colocação.

Com cinco voltas para o fim, Jack deu uma escapada da trajetória, o que aproximou Quartararo ainda mais. Na abertura do giro seguinte, Fabio passou na curva 3, junto com Jorge, mas o australiano conseguiu o troco ao menos no espanhol.

Na abertura da última volta, Martín caiu tentando passar Miller na curva 1, entregando a posição para Marini. O espanhol até voltou, mas apenas em nono, posição que perdeu antes da bandeirada.

POLE MARCA DIOGO MOREIRA NA HISTÓRIA DO MOTOCICLISMO BRASILEIRO

MotoGP 2022, GP da Áustria, Red Bull Ring: