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Motociclismo

Bagnaia fatura 'mando de campo' em Austrália que pode ser decisiva na MotoGP 2022

Diante de uma grande chance de virar o jogo e tomar a liderança da MotoGP pela primeira vez em 2022, Francesco Bagnaia levou a melhor na classificação deste sábado (15) em Phillip Island e vai sair na frente dos rivais na briga pelo título

15 out 2022 - 04h23
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Francesco Bagnaia tem uma grande chance na Austrália de virar o jogo no campeonato para cima de Fabio Quartararo
Francesco Bagnaia tem uma grande chance na Austrália de virar o jogo no campeonato para cima de Fabio Quartararo
Foto: Ducati / Grande Prêmio

Se a MotoGP recomeça do zero no que diz respeito à disputa pelo título nesta antepenúltima etapa da temporada 2022, então é Francesco Bagnaia quem tem o mando de campo da partida no GP da Austrália deste fim de semana. Afinal, ainda que tenha sido superado por Jorge Martín e Marc Márquez na classificação deste sábado (15), foi o vice-líder que conseguiu a melhor posição no grid entre os postulantes ao campeonato.

A corrida em Phillip Island tem um peso importante no Mundial de Pilotos 2022. Depois de ter 91 pontos de atraso em relação ao campeão vigente, Pecco conseguiu cortar 89 e chega a esta 18ª etapa do calendário com só dois tentos a menos do que Fabio Quartararo. É a grande oportunidade de virar o jogo para cima de 'El Diablo'.

LADO A LADO

Francesco Bagnaia vai largar na frente dos rivais pelo título
Francesco Bagnaia vai largar na frente dos rivais pelo título
Foto: Ducati / Grande Prêmio

E Bagnaia tem tudo a seu favor: a melhor moto do grid, um entrosamento claro com a Desmosedici, uma equipe técnica que — ao contrário do que já aconteceu com Yamaha e Aprilia — não tem falhado, aliados e, especialmente nesta etapa, a luxuosa contribuição de Casey Stoner, que venceu seis vezes seguidas na pista de Victoria.

Sendo assim, mostrar força na Austrália era vital. E foi isso que Pecco fez ao garantir um lugar no grid à frente de todos os adversários pelo título. Martín é só nono no campeonato, enquanto Márquez aparece em 13º, ambos já sem chances matemáticas de título.

Por isso mesmo, Bagnaia sequer se importou em oferecer o vácuo a Marc. Puxando o hexacampeão, o #63 cravou 1min27s953 na tarde deste sábado e ficou com o último posto da primeira fila, 0s186 mais lento do que Martín.

"Se eu tivesse tirado a mão para deixá-los passar, eles não teriam passado e teriam reduzido a velocidade, talvez até parado na pista. Sabemos que é assim, então fiz da necessidade uma virtude", justificou Bagnaia. "Sempre prefiro ter pista livre pela frente e fiz o meu melhor, então estou feliz com o resultado que conquistamos, pois a primeira fila é fundamental. Estou satisfeito", continuou.

Bagnaia teve uma atuação um tanto quanto errática o longo do fim de semana, variando entre o fundo e a ponta da folha de tempos. Mas acredita que no TL4 encontrou as soluções que precisava para ficar mais forte com a Desmosedici.

"Durante o treino 4, demos um passo à frente. Começamos com um feeling similar ao do resto do fim de semana, mas na segunda saída, resolvemos muitos problemas, então isso também foi fundamental para a classificação", ponderou.

Francesco considerou, porém, que a corrida de amanhã exigirá inteligência, já que Phillip Island tende a ter provas em grupo, mas demanda que os pilotos estejam alertas ao desgaste dos pneus.

"Aqui é muito fácil que a corrida seja em grupo, pois você tem de gerir muito os pneus e, no início, talvez alguém tente ficar junto indo um pouco além com o desgaste", falou. "Você precisa ser inteligente o bastante e acho que nosso ritmo é o suficiente para tentar vencer ou, pelo menos, chegar ao pódio. Acho que temos um bom potencial", acrescentou.

Ainda bastante vivo na briga pelo título — com só 20 pontos a menos do que Quartararo —, Aleix Espargaró também não tem grandes queixas em relação à classificação. Estar atrás de Pecco não é o melhor dos planos, mas abrir a segunda fila do grid não é de tudo um mal resultado.

Aleix Espargaró se mostrou confiante em brigar pela vitória
Aleix Espargaró se mostrou confiante em brigar pela vitória
Foto: Aprilia / Grande Prêmio

Dono de uma única vitória no ano — no GP da Argentina —, o pai dos pequenos Max e Mia precisa vencer e já avisou que vai partir para o ataque nesta reta final do campeonato. É só o que pode fazer. Ainda mais lutando contra os tubarões todos da Ducati.

Em termos de volta lançada, Aleix cravou 1min27s957, 0s190 mais lento do que o tempo da pole-position.

"Maverick me ajudou muito, mas na última volta, fiquei em cima dele e tive que cortar. Do contrário, poderia ter feito a pole", avaliou Aleix. "Acho que, neste momento, estava um décimo à frente da volta do Jorge Martín. Foi um bom trabalho e quero agradecer Mack", falou.

Ainda que Bagnaia não o tenha colocado no mesmo nível que ele e Quartararo, Aleix se vê confiante nas possibilidades de brigar pela vitória na Austrália.

"Eu não vejo Pecco e Fabio com ritmo melhor do que ninguém, nem tampouco do que o meu. Sou eu que tenho menos a perder, tenho 20 pontos a recuperar, então tenho que arriscar. E acho que aqui posso arriscar, não como no Japão ou na Tailândia", avaliou.

Perguntado sobre como prevê a corrida em Phillip Island, o catalão deu um desenho claro da disputa: "Iremos todos muito juntos nas primeiras 15 voltas. Vai ganhar qem melhor cuidar do pneu traseiro".

"Acho que vou correr com o traseiro duro e, se com esse pneu, for capaz de estar com eles nas primeiras dez voltas, acho que teria vantagem no final", previu. "Aqui estamos em três ou quatro pilotos alinhados para brigar pela vitória", concluiu.

Vindo de um fim de semana bastante decepcionante na Tailândia, Quartararo tenta se recompor. Mas, tal qual tem acontecido ao longo de todo o ano, se vê cercado de muitas Ducati. Ainda que desta vez com a companhia da Honda de Marc Márquez e da Aprilia de Aleix Espargaró.

Fabio Quartararo avaliou que tem uma boa posição de largada
Fabio Quartararo avaliou que tem uma boa posição de largada
Foto: Yamaha / Grande Prêmio

Com a melhor volta em 1min27s973, o piloto de Nice, no sul da França, ficou com a quinta posição, apenas 0s206 distante de Martín.

"Estou contente com a minha cronometrada, mas frustrado com a posição", disse Fabio. "Faço voltas muito boas, mas nunca é o suficiente", lamentou.

Diferente de alguns dos colegas, Quartararo fez a volta sozinho, sem usar o vácuo de nenhum outro piloto, o que acabou por custar algum tempo.

"Não é que eu não goste de buscar vácuo, é que sempre que eu tento, ou abortam ou o pneu dianteiro esfria", justificou. "A posição de saída não é um desastre. Eu diria que está boa. As duas primeiras filas eram o objetivo, mas será uma corrida estranha, por causa do consumo elevado de pneus", alertou.

"Eu não sei o que tenho de fazer, mas sei que tenho de ter cuidado com o pneu traseiro", frisou. "Não importa muito o composto que use, mas que você tenha cuidado com o consumo", insistiu.

Por fim, Fabio fez uma análise a respeito do ritmo de corrida e considerou que, ainda que esteja bem neste sentido, a concorrência está no mesmo nível ou até melhor.

"Rodei atrás de Pecco no treino 4 e acho que existem vários pilotos com muito bom ritmo. Tenho confiança, fiz meu tempo sozinho. Me sinto bem nesta pista", completou.

Embora ainda sejam sete os pilotos que matematicamente podem sonhar com o título, as possibilidades são mais realistas para cinco deles. Além dos três já citados, Enea Bastianini e Jack Miller também aparecem nesta conta. E o piloto da Gresini foi quem teve o dia mais complicado.

Com 1min28s647, Enea não passou nem do Q1 e vai largar apenas em 15º, igualando a posição de partida do GP do Japão.

Enea Bastianini não ficou nada satisfeito com a classificação
Enea Bastianini não ficou nada satisfeito com a classificação
Foto: Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

"Estou muito, muito bravo", desabafou Bastianini. "Infelizmente, não resolvi meus problemas e não fui ao Q2. A moto estava instável, principalmente nas curvas, a situação era crítica. Trouxe comigo os mesmo problemas de ontem", apontou.

"Os pneus são um problema aqui, pois se desgastam rapidamente. Será crucial seguir na direção certa. Na verdade, teremos de decidir a traseira da moto, já que a escolha na frente é óbvia", pontuou.

Ainda, o italiano explicou um incidente com Miguel Oliveira na classificação. O português acabou punido por atrapalhar e, além de perder três posições no grid, também terá de cumprir uma volta longa.

"O Oliveira estava simulando uma largada na última volta, então eles colocaram uma bandeira amarela, que eu nem vi. Isso é estranho, já que você não pode fazer isso na última volta. Ter sido atrapalhado me custou cerca de 0s1", relatou.

Miller, por sua vez, teve um dia para lá de especial, já que foi homenageado em Phillip Island e passou a dar nome a curva 4, que deixou de chamar grampo Honda para atender por curva Miller. Mas na hora do treino, o sorriso foi menos largo, já que vai sair só em oitavo.

Vale destacar, porém, que as três primeiras filas do grid em Phillip Island estão separadas por só 0s418.

A largada da MotoGP para o GP da Austrália, em Phillip Island está marcado para a 0h (de Brasília) de domingo. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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