Contágio de Rossi e mais casos de Covid-19: como alerta vermelho já soa na MotoGP
Valentino Rossi se contaminou com coronavírus; Tony Arbolino viajou ao lado de passageiro positivo. Casos têm se aproximado cada vez mais de um Mundial de Motovelocidade que precisa de atenção redobrada para reta final do campeonato
Mais do que nunca, a Covid-19 tem deixado sua marca no mundo e também no paddock da MotoGP. De pilotos a funcionários das mais diferentes equipes e fabricantes, o vírus que tem tomado a atenção do planeta ligou um alerta vermelho para o Mundial de Motovelocidade que se prepara para sua reta final em meio a uma segunda onda de casos na Europa.
Desde o início do ano, a categoria tem sido vítima da situação global. Logo na primeira etapa, tudo teve de ser mudado para se encaixar na nova normalidade. O GP do Catar, que seria abertura das três classes, excluiu a MotoGP, só permitindo corridas da Moto2 e Moto3, pois os pilotos já estavam no país por conta de testes coletivos ao longo da semana.
A partir de então, foram adotadas medidas, adaptações aqui e ali e cancelamentos aos baldes para que fosse possível entregar um calendário final. Encurtado, com apenas 14 etapas e diversas corridas consecutivas em um mesmo circuito, além de um esquema bastante exigente para pilotos, equipes e envolvidos com o Mundial - três rodadas triplas separadas por uma semana entre elas.
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Mas nem mesmo todas as tentativas conseguiram isolar o campeonato da ameaça da Covid-19. Logo em Brno, um funcionário da Dorna, promotora do Mundial, testou positivo e precisou ser isolado. Na sequência, o primeiro piloto infectado: Jorge Martín. Antes da rodada dupla em Misano, que ainda teve cinco exames positivos, o espanhol afirmou ter ficado doente e precisou perder as etapas em San Marino.
E os casos apenas trataram de crescer no paddock. Primeiro entre funcionários da Yamaha, seis, que tiveram de ficar isolados e perderam o GP da França. Depois, foi a vez de Valentino Rossi revelar o teste positivo. O italiano relatou não ter se sentido bem e, após dois exames, foi diagnosticado com o vírus. Um técnico da Michelin também foi infectado.
O problema é que não basta o Mundial prestar atenção apenas nos seus, pois Tony Arbolino sentiu na pele isso. Quando viajava para Aragão, esteve ao lado de um passageiro com Covid-19 e, portanto, foi obrigado a ficar em quarentena pelo contato direto com o paciente. Ou seja, o perigo está mais perto, e é mais invisível, do que se imagina.
E com a crescente da ameaça dentro da MotoGP, os competidores já começam a mostrar nervosismo e ligar cada vez mais o alerta. "Pensando em Arbolino, agora teremos de ir de carro aos GPs. Olhando para Rossi, não repenso meus métodos de precaução, acredito que estou bem e vou seguir me cuidando ao máximo. O pior é Arbolino, que apenas viajou com uma pessoa doente e não pode correr aqui. Tem de ter muito cuidado de todas as maneiras", temeu Álex Rins.
"Honestamente, estou muito mais estressado em casa do que nas corridas. Entre as corridas não saio de casa. Treino de manhã, de tarde, ando de bicicleta nas montanhas e é isso. E mesmo assim, estou estressado, pois não vejo ninguém, mas sabemos que podemos pegar em qualquer lugar", concordou Fabio Quartararo, vice-líder da classificação.
Com a temporada se aproximando da reta final, restando quatro etapas para o encerramento, é hora da MotoGP triplicar as atenções com a doença. Passando por uma Europa com cada vez mais casos, precisa mostrar que mais importante que terminar a temporada, é deixar todos os envolvidos em segurança.