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Motociclismo

Crutchlow brinca com calendário e contratos por temporada: "Pilotos não são inteligentes?"

Britânico lembrou que o aumento do calendário deixará o Mundial mais difícil para todo mundo e brincou que os competidores não foram muito inteligentes assinando contratos por temporada, já que terão duas corridas em 2023

12 dez 2022 - 12h22
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Cal Crutchlow acredita que o calendário ideal teria 18 corridas
Cal Crutchlow acredita que o calendário ideal teria 18 corridas
Foto: RNF / Grande Prêmio

Cal Crutchlow avaliou que a temporada 2023 da MotoGP será mais dura para todos os envolvidos com o Mundial de Motovelocidade. Além do aumento da programação, que passou 21 etapas, todas elas serão rodadas duplas, totalizando 42 corridas na temporada.

O piloto de testes da Yamaha afirmou que sempre considerou que os pilotos recebem o melhor tratamento e ressaltou que o ano será difícil para todos os trabalhadores envolvidos no Mundial.

Cal Crutchlow contou que sempre assinou contratos por corrida
Cal Crutchlow contou que sempre assinou contratos por corrida
Foto: RNF / Grande Prêmio

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"Não consigo imaginar as 21 corridas que vão fazer no próximo ano, pois vai ser duro", disse Crutchlow. "Sendo sincero, sempre achei que os pilotos recebem o melhor tratamento. Então, para todos os demais, digamos que será um longo caminho, especialmente com as corridas sprint também", comentou.

O britânico brincou que os competidores não foram muito espertos assinando contratos por temporada, já que os ganhos deles não são influenciados nem pelo tamanho do calendário e nem pelo volume de corridas.

"Os pilotos não são muito inteligentes, né? Eles assinam por temporada, mas agora eles têm o dobro de corridas e mais etapas!", brincou. "Eu sempre assinei por corrida, pois você nunca sabe o que vai acontecer. Mas também pode jogar contra, pois, se cancelam uma corrida, te tiram algum dinheiro!", admitiu.

"Mas, falando sério, o próximo ano será difícil, como disse, não só para os pilotos", reconheceu.

Cal reconheceu, porém, que não há muito que os membros do paddock possam fazer, já que "se alguém não está feliz, sempre tem alguém para pegar o trabalho deles".

"Eles não tem dificuldade para achar pessoas que queiram ser um mecânico, um chef ou uma pessoa do hospitality. Eles sempre sabem que podem contratar outra pessoa se alguém não quiser fazer o trabalho", observou. "Até mesmo os pilotos. Se você não quiser fazer o trabalho, eles conseguem outro. Não sei se um bom, mas…", declarou.

"Pessoalmente, acho que [21 etapas] é muita coisa e, se você fala com os pilotos, imagino que os que têm família também acham difícil. Mas os que são jovens, sem namorada, é uma situação diferente", considerou. "Na minha opinião, 18 GPs é o suficiente. Mas não sou o cara que escreve as regras e diz para onde eles vão e onde não vão. Como eu disse, sempre vai ter alguém para substituir a outra pessoa. Se dissessem que seriam 30 GPs, teria gente vindo para fazer os 30 GPs", apostou.

"Por outro lado, todo mundo diz: 'A Fórmula 1 tem mais'. Mas eles têm duas equipes [de staff]. Tem uma em uma corrida e outro grupo já montando a garagem para a outra", encerrou.

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