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Motociclismo

Ducati brilha com jovens em dia de revés da Suzuki e decepção da Yamaha no Catar

Com Jack Miller e Francesco Bagnaia fora da primeira fila, coube a Jorge Martín e Enea Bastianini defenderem a força da Ducati no sábado de classificação da MotoGP em 2022. A Suzuki, por outro lado, não conseguiu repetir o desempenho dos treinos livres, enquanto da Yamaha ficou fora até do top-10

5 mar 2022 - 18h01
(atualizado às 18h13)
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Jorge Martín cravou a pole do GP do Catar
Jorge Martín cravou a pole do GP do Catar
Foto: AFP / Grande Prêmio

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A temporada 2022 começou com surpresas no Catar. Ou quase isso. Uma das grandes favoritas para o campeonato, a Ducati ficou mesmo com a pole-position, mas não com o 'suspeito natural'. A casa de Bolonha, aliás, fez uma dobradinha no grid do GP do Catar, mas não com o time oficial.

Jorge Martín aproveitou o vácuo de Pol Espargaró para cravar 1min53s011 em Lusail e assegurar a posição de honra, com 0s147 de margem para Enea Bastianini, que conseguiu o segundo posto. Outro dos grandes favoritos de 2022, Marc Márquez ficou em terceiro, 0s272 atrás do titular da Pramac.

Enea Bastianini, Jorge Martín e Marc Márquez formam a primeira fila do GP do Catar (Foto: AFP)

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Mesmo contente com o desempenho na classificação, o espanhol não se mostrou muito confiante para a corrida, já que entende que não está pronto para ganhar. "Estou contente, mas não de tudo. Não estou muito confiante para amanhã, nos falta aderência e sofro muito para virar a moto", relatou Jorge.

"Não esperava a pole, mas sabia que tinha potencia. Encontrei uma boa roda com Pol Espargaró, melhorei com o segundo pneu, já que tive um susto com o primeiro. Tenho que ir assimilando, pois nos falta ritmo, mas amanhã vamos tentar estar lá", seguiu.

Martín destacou que não se sente pronto para vencer e frisou que será importante fazer uma boa escolha de pneus. "Estou confiante para amanhã, mas não estou preparado para ganhar. Gostaria de ter algo mais, para ficar mais tranquilo nas últimas voltas. Vai ser importante decidir bem o pneu [traseiro]. Me sinto bem com o macio e o médio, vou bem com os dois, mas as Suzuki deram um grande passo, assim como Marc Márquez e Enea Bastianini, então gostaria de dar mais um passinho para não ficar tão no limite", destacou.

"Estou confortável em termos de ritmo, tenho mais experiência e sei como controlar os pneus. Veremos como será a dinâmica da corrida. No começo, teremos de controlar bastante nas primeiras voltas, tudo será decidido nas últimas cinco ou seis."

"Acho que seremos cinco ou seis pilotos que vamos chegar na frente no final. O consumo de combustível e dos pneus será chave", previu o pole.

0s147 mais lento do que o ponteiro, Bastianini vai sair na primeira fila pela primeira vez na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. "Pela primeira vez, começo na primeira fila. Estou muito feliz por hoje. Estamos trabalhando muito, fizemos um ótimo trabalho com o top-3, porque foi difícil chegar ao Q2", afirmou 'La Bestia'. "Estou muito feliz por mim, pelo time e pelo Fausto (Gresini), acho que ele está feliz", comentou, se referindo ao ex-chefe de equipe, morto em 2021 devido à Covid-19.

Com 1min53s283, Marc Márquez colocou a Honda na terceira colocação o grid. O hexacampeão da MotoGP reconheceu que ganhou alguns décimos rodando atrás de Francesco Bagnaia, mas se mostrou confiante para a corrida. "Foi uma boa volta, usando Pecco Bagnaia com referência, o que te dá os dois décimos que te colocam na primeira fila", comentou Marc. "Mas o melhor foi o TL4. Tive ritmo e estamos bem, mas amanhã é domingo e precisamos esperar", frisou o homem de Cervera.

Marc Márquez vai sair da terceira posição do grid e tenta entrar na briga pela vitória (Foto: AFP)

"O ano passado, o momento em que eu mais sofria era aos sábados. Eu largava muito atrás, mesmo com ritmo. Neste circuito, eu tinha que fazer malabares para sair na frente, o sábado sempre foi difícil aqui, não era meu ponto forte, mas vamos melhorar", garantiu.

Mesmo satisfeito com o resultado, o espanhol destacou que é preciso ficar atento às mudanças as condições, já que muitas motos sentiram o impacto neste sábado. "O vento mudou e foi estranho, pois a Suzuki já não foi tão rápida quanto antes, e outros piloto, como Johann Zarco ou Jorge Martín, foram rápidos", comentou.

Depois de liderar os treinos livres com Álex Rins no Catar, a Suzuki decepcionou neste sábado, já que conseguiu o melhor resultado com Joan Mir, que ficou apenas em oitavo, mas só 0s396 atrás do líder. "Em condições como a de hoje, com vento contra, ou inclusive quando sopra a direção da pista, quando você segue alguém, não se nota tanto", avaliou Mir. "Quis fazer o tempo sozinho, mas está claro que, se você segue outro piloto, têm um pouquinho mais. Já sabemos para a próxima vez, são experiências que vou acumulando", disse.

"Na próxima vez, faremos algo diferente com a estratégia para nós, que acostumamos a estarmos sempre sozinhos na classificação, mas será importante pega um vácuo, sempre ajuda", avisou.

Joan previu um GP inicialmente mais disputado, em grupo, com o pelotão desgarrando pouco a pouco. "Espero uma corrida das que normalmente vemos nesse circuito, com o começo em um grupo que vai se reduzindo a medida que as voltas avançam", falou. "Da minha parte, espero lutar até o final. Temos um ritmo bastante bom, estou bem em cima da moto e isso é muito importante. Vamos largar em oitavo, não é a melhor posição, mas também fizemos boas corridas saindo inclusive mais atrás", lembrou.

Campeão em 2020, Joan Mir sai em oitavo, mas o desempenho da Suzuki foi uma decepção (Foto: Divulgação/MotoGP)

0s400 mais lento que o tempo da pole, Rins lamentou a posição atrasada, mas considerou que não obteve um resultado desesperador. "Foi um Q2 com um resultado inesperado. A décima posição e a oitava colocação de Joan não era o que nós queríamos. Eu achava que nós conseguiríamos a primeira fila", assumiu Rins. "Aconteceu a mesma coisa do ano passado, não conseguimos tracionar bem em inclinação na saída da curva. Os engenheiros estão trabalhando nisso", comentou.

"Terminei em décimo, mas a 0s4 da pole, o que não é nada, é uma moto de distância, então, no fim, temos algo mais de velocidade de reta, o que nos ajudará a manter a posição e não perder como acontecia antes. Agora temos de analisar o que pode ter acontecido e a situação da corrida".

Diferente de muitos dos rivais, Rins foi para a pista sem usar nenhum colega de MotoGP como referência, mas foi usado pelos demais na classificação. "Não sei como os outros fizeram o tempo, o certo é que fizemos nossas saídas sozinhos e tirando de outros pilotos, que estão em quinto e segundo, mas prefiro sair sozinho, fazendo o meu trabalho, ao invés de ir desesperado, atrás de alguém para seguir uma roda. Nos fizemos nosso caminho e aconteça o que tiver que acontecer".

"Nós esperávamos um resultado muito melhor no Q2, mas não estamos tão longe. Não estou contente, mas não estamos a 1s5 do primeiro, como antes. Temos um bom ritmo. Não conseguimos mostrar no TL4, porque estávamos provando coisas na moto, mas temos ritmo e só falta decidir com que pneus sairemos na corrida", destacou.

Atual campeão, Fabio Quartararo é apenas o 11º do grid no Catar (Foto: Divulgação/MotoGP)

A Suzuki, todavia, não foi a única decepcionada com o sábado no Catar. Do lado da Yamaha, as coisas não saíram nada melhores. Com 1min53s635, Fabio Quartararo ficou somente em 11º, 0s347 melhor do que Franco Morbidelli, o 12º.

"Para ser sincero, me sinto bem na moto. Andei no limite, mas não sou engenheiro. A velocidade em reta é um problema, mas não sou engenheiro. Dei meu máximo o tempo todo na pista ontem, hoje e vou dar no restante da temporada, mas está difícil", afirmou. "Sou apenas um piloto na moto, ando no limite. Cheguei ao Catar esperando muito mais, mas como sempre, sou rápido no ritmo de corrida. Não estou muito irritado porque sei que fiz meu melhor e não havia mais a ser feito. Para ser honesto, não sei o que dizer", completou.

"Eu acho que essa é a pista que precisamos fazer a primeira volta perfeita. Logo, não será um trabalho fácil", encerrou.

A largada do GP do Catar de MotoGP, em Lusail, acontece neste domingo (6) e está marcada para às 12h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da abertura do Mundial de Motovelocidade 2022.

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