KTM apresenta motos de Binder e Miller em busca de resultados da aliança com Red Bull
A casa de Mattighofen mostrou nesta quinta-feira (26) as RC16 com que vai disputar a temporada 2023 da MotoGP. Além de mudança no line-up da equipe, que terá Jack Miller ao lado de Brad Binder, o protótipo deste ano é fruto de uma parceria entre a marca laranja e a Red Bull na Fórmula 1
Apresentação da nova moto da KTM para a MotoGP 2023 (Vídeo: Reprodução/KTM)
Chegou a vez de a KTM se apresentar para a temporada 2023 da MotoGP. Depois de Yamaha, Gresini, Ducati e Pramac, a marca de Mattighofen aproveitou a quinta-feira (26) para mostrar ao mundo as RC16 com que Brad Binder e Jack Miller vão encarar 75ª edição do Mundial de Motovelocidade. E da forma mais sucinta possível: um vídeo de 1min09s de duração pelas redes sociais. Nem mais, nem menos.
Com duas vitórias em 2022 e vice-campeã do Mundial de Equipes, a marca austríaca chega para este campeonato tentando um salto de performance. Afinal, mesmo com o resultado surpreendente do ano passado, a KTM não ficou satisfeita com o desempenho, que foi bastante irregular.
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Um dos passos para a reestruturação da equipe vem do line-up. Brad Binder segue no time e como o piloto número um. Mas agora com a companhia de Jack Miller, que chega para substituir Miguel Oliveira, que não aceitou migrar para a Tech3 para liderar a estrutura da GasGase partiu para a RNF Aprilia.
Cria da casa, o sul-africano já mostrou ser um ativo importante para a marca. Brad é um piloto de domingo, cresce especialmente na hora das corridas, mas precisa acertar a mão na classificação para facilitar a própria vida. Isso será especialmente importante agora, com a introdução das corridas sprint. Em provas mais curtas, o irmão de Darryn terá menos tempo para reagir.
Miller, por sua vez, vai ter um pouquinho mais de trabalho. Depois de cinco temporadas com motos da Ducati, o australiano precisa pegar a mão com um novo protótipo, mas vinha em uma grande fase, depois de um bom ano em 2022. Ainda assim, Jack é uma aposta forte da KTM, já que está voltando para casa, uma vez que defendeu a montadora nos primeiros anos da carreira.
A grande novidade no campo da KTM, porém, é uma aliança com a Red Bull. Querendo desenvolver a RC16 no campo da aerodinâmica, a casa de Mattighofen recorreu à multicampeã da Fórmula 1, que também é reconhecida pelo talento neste campo. Visualmente, porém, o design apresentado para o campeonato deste ano é muito semelhante ao do ano passado.
Chefe da divisão esportiva da KTM, Pit Beirer não quis dar detalhes do trabalho feito com os rubro-taurinos, mas classificou como "revigorante" a atuação ao lado da equipe da Fórmula 1. Ainda assim, o dirigente reconhece que é necessário não se deixar levar, já que o orçamento na elite do automobilismo é muito mais robusto do que na maior das categorias do motociclismo. Assim, não dá para colocar em prática todas as ideias.
De qualquer forma, a missão da KTM é tentar reagir ao crescimento da Aprilia. Durante muito tempo, a casa de Noale ficou na lanterna da MotoGP, mas, em 2022, os italianos chegaram até mesmo a sonhar com o título, o que acabou por ofuscar completamente a marca laranja.
Reconhecida pelos feitos no off-road, a KTM tem competência atestada no campo das competições e já teve desempenhos mais animadores na MotoGP do que mostrou em 2022. É hora de voltar ao trilho.
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