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Motociclismo

KTM promove entrada da GasGas na MotoGP e elege Pol Espargaró como titular na Tech3

Depois do sucesso na Moto3 e de alguns momentos de destaque na Moto2, a marca espanhola do Grupo Pierer vai desembarcar na classe rainha do Mundial de Motovelocidade para equipar o time de Hervé Poncharal. A partir de 2023, Pol Espargaró volta 'para casa' após o fracasso do projeto com a Honda

19 ago 2022 - 07h45
(atualizado às 08h15)
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GasGas chega na MotoGP em 2023
GasGas chega na MotoGP em 2023
Foto: GasGas / Grande Prêmio

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A KTM encaixou mais uma peça no quebra-cabeça da MotoGP para 2023. Mas, desta vez, com direito a surpresa. Embora o retorno de Pol Espargaró à companhia austríaca já fosse uma carta mais do que marcada, a casa de Mattighofen reservou uma novidade para esta sexta-feira (19): o desembarque da GasGas na MotoGP como fornecedora das motos da Tech3, que se torna equipe oficial da fábrica espanhola.

Protagonista absoluta na Moto3 em 2022 e dona de alguns momentos de destaque na Moto2 — onde está apenas como patrocinadora, já que o motor é Triumph e o chassi usado pela Aspar é o dominante Kalex —, a espanhola GasGas, que pertence ao grupo Pierer Mobility AG — o mesmo que é proprietário de KTM e Husqvarna — vinha sendo especulada como uma possível substituta da Suzuki no grid, mas a opção da companhia comandada por Stefan Pierer foi usar a marca na Tech3, que já era uma associada.

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GasGas vai entrar na MotoGP em 2023 (Foto: GasGas)

LADO A LADO

"Tornar o nome GasGas maior e mais amplo do que suas raízes foi bem-sucedido de várias maneiras. Depois de ver o que foi possível alcançar na Moto3 e na Moto2, a pergunta seguinte era se poderíamos levar a marca para a MotoGP, e estamos entusiasmados por darmos esse passo", disse Hubert Trunkenpolz, membro do conselho executivo da GasGas. "É uma nova jornada, e sei que a marca se destacará logo. É importante ressaltar que equipe, pilotos e direção ajudarão a GasGas a se destacar na categoria rainha. É o que esperamos!", comentou.

Trata-se, na verdade, de uma mudança puramente cosmética. A moto seguirá sendo a RC16, mas, ao invés de levar a marca da KTM, o protótipo será batizado como GasGas. É o que já acontece hoje na Moto3, onde as motos de Husqvarna, GasGas e CFMoto são, na verdade, a RC250GP, a mesma feita pela KTM.

É a maneira de o Grupo Pierer levar outra das marcas do conglomerado à vitrine do Mundial sem efetivamente precisar desprender recursos para desenvolver uma nova máquina.

"GasGas é uma marca vencedora. Atingiu um nível incrível de desempenho imediatamente em séries como Mundial de Motocross, Supercross, Enduro e Rali, onde conquistamos vitórias em GPs, eventos principais, títulos mundiais e troféus em geral", listou Pit Bieber, diretor-esportivo da GasGas. "É uma marca relativamente nova para nós, e temos novos alvos. Esperamos que os fãs que acompanham 'a vermelha' curtam essa história", continuou.

"Graças à nossa parceira, a equipe Aspar, conseguimos ver as motos GasGas na frente na Moto3 e Moto2. Seria ótimo ver o mesmo na classe mais difícil de todas", torceu. "Quero agradecer a Hervé e à equipe Tech3 por manter a mente aberta e realmente apoiar essa mudança para se tornar a equipe da fábrica GasGas. Acreditamos que será emocionante e diferente", completou.

O anúncio da volta de Pol Espargaró ao grupo tampouco surpreende. O catalão não conseguiu se adaptar com a Honda e já tinha dado indícios de um acerto com a gigante austríaca ao anunciar que guiaria uma moto "familiar".

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Dias atrás, Beirer revelou que parte da equipe já estava definida, mas deixou pendente a decisão em relação ao jovem talento. A Tech3 contou neste ano por Remy Gardner e Raúl Fernández, mas o campeão e vice da Moto2 no ano passado passaram longe de corresponder às expectativas.

No caso do espanhol, a insatisfação foi enorme, também pela maneira forçada como ele subiu à MotoGP. Desde o início, Raúl deixou claro que não queria a promoção e preferia subir com a equipe satélite da Yamaha, que estava interessada nele na época. A KTM forçou a mão e, depois, se arrependeu. Pierer, aliás, exige pagamento de uma multa alta para liberar o irmão de Adrian e não esconde que não está disposto a negociar valores por conta do relacionamento com o jovem competidor.

Remy, por outro lado, não fez muito mais em termos de performance, mas ainda é cotado para a vaga. De acordo com a publicação alemã Speedweek, o australiano, inclusive, terá o contrato renovado para ficar com Hervé Poncharal por mais um ano.

Em uma entrevista coletiva nesta tarde, Beirer confirmou que ainda existe a possibilidade de "mantermos nosso amigo Miguel Oliveira". O português, que é titular da KTM, tinha descartado uma oferta de ser rebaixado para a Tech3, mas isso foi antes de a equipe de Hervé Poncharal ser convertida em uma equipe oficial da GasGas. O #44 chegou a dizer publicamente que julgava ter feito o suficiente para merecer um lugar na equipe oficial.

A MotoGP disputa neste fim de semana, com o GP da Áustria, no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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