Lorenzo vence Fazenda da Espanha e fica livre de pagar R$ 63,6 mi em impostos
O Tesouro não conseguiu provar que o ex-piloto de Yamaha, Ducati e Honda vivia na Espanha e não na Suíça em 2016 e, assim, não pôde exigir os mais de R$ 63 milhões que vinha cobrando em pagamento de impostos
Jorge Lorenzo economizou um bom dinheiro ao vencer um processo contra a Fazenda da Espanha. As autoridades fiscais espanholas vinham cobrando mais de € 11 milhões (cerca de R$ 63,3 milhões) do tricampeão da MotoGP, mas não conseguiram provar que ele vivia no país e não na Suíça, como tinha declarado no Imposto de Renda.
As autoridades fiscais espanholas cobravam € 7,8 milhões (aproximadamente R$ 45,1 milhões) da renda pessoal de Lorenzo em 2016, além de outros € 3,6 milhões (em torno de R$ 20,8 milhões) de multa. No entanto, o Tribunal Econômico Administrativo Regional da Catalunha avaliou que as autoridades fiscais não conseguiram provar que o #99 viva na Espanha naquele ano.
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De acordo com o site Crash.net, as autoridades alegaram que "das 18 corridas do campeonato, quatro eram realizadas na Espanha e nenhuma na Suíça". A defesa de Lorenzo rebateu, porém, que não é ele quem decide onde as corridas da MotoGP são realizadas.
As autoridades conseguiram provar que Jorge passou 168 dias na Espanha em 2016, um número inferior aos 183 que seriam necessários para que ele tivesse de pagar os impostos.
Esta, contudo, não foi a primeira vez que Lorenzo teve de enfrentar a Fazenda da Espanha. Em 2021, ele também foi cobrado por um montante de € 35 milhões (cerca de R$ 202,4 milhões) referente ao período entre 2013 e 2015. Assim como desta vez, as autoridades consideraram que ele vivia na Suíça e, portanto, não devia nada ao fisco espanhol.
No fim do ano passado, o ex-piloto Sito Pons também pôde respirar aliviado depois de enfrentar a Fazenda. No caso dele, porém, mais do que economizar com a multa de € 12 milhões (em torno de R$ 69,4 milhões), o dono da Pons escapou de um pedido de 24 anos de prisão.
Em dezembro de 2022, Pons foi inocentado em uma audiência em Barcelona de seis delitos contra a Fazenda, que o acusava de não ter cumprido as obrigações de tributar na Espanha entre 2010 e 2014. Na sentença, o tribunal reconheceu que Sito passou mais de 200 dias viajando pelo mundo e que tinha residência fiscal em Mônaco entre 2010 e 2012 e no Reino Unido entre 2013 e 2014.
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