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Motociclismo

Miller domina e vence no Japão. Quartararo é oitavo e Bagnaia cai na última volta

Numa corrida extremamente caótica, foi Jack Miller quem aproveitou tudo para vencer o GP do Japão de MotoGP. Felicidade de uns, mas gosto amargo para Aleix Espargaró, que teve problemas, e Francesco Bagnaia, que abandonou no final

25 set 2022 - 03h50
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Jack Miller venceu pela primeira vez no ano
Jack Miller venceu pela primeira vez no ano
Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

O GP do Japão costuma render surpresas para o campeonato da MotoGP… e hoje não foi diferente. Com abandonos, problemas e até moto em chamas, nenhum dos favoritos ao título venceu em Motegi neste domingo (25). Coube a Jack Miller aproveitar as oportunidades com tranquilidade e triunfar pela primeira vez em 2022.

O pódio também foi longe do esperado. Sem Francesco Bagnaia, Fabio Quartararo ou Aleix Espargaró, Jorge Martin colocou a Pramac no segundo lugar. Brad Binder finalizou em terceiro, à frente do pole da prova, Marc Márquez, que perdeu sua vantagem logo no início. Miguel Oliveira fechou o top-5.

Jack Miller venceu no Japão
Jack Miller venceu no Japão
Foto: Divulgação/MotoGP / Grande Prêmio

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Luca Marini e Maverick Viñales vieram atrás. Líder do campeonato, Fabio Quartararo fechou em oitavo, à frente de Enea Bastianini e Marco Bezzechi, que fecham as dez primeiras posições.

O dia foi amargo para Aleix Espargaró e Francesco Bagnaia. O primeiro teve problemas com sua RS-GP na volta de aquecimento e teve de voltar aos boxes para trocar a moto às pressas. Terminou em 16º. Já o italiano, tentava ficar no top-10 quando caiu na última volta e desperdiçou bons pontos.

A MotoGP volta na semana que vem com o GP da Tailândia, em Chang. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

Saiba como foi o GP do Japão de MotoGP:

Depois de o tufão Nanmadol tumultuar o sábado, inclusive cancelando o treino 3 e adiando a classificação, o sol deu as caras no domingo, mudando completamente as condições para a corrida. Às vésperas da largada, a temperatura era de 22°C, com o asfalto chegando a 38°C. A umidade relativa do ar era de 69%, com o vento soprando a 8 km/h, no sentido norte.

Quando os pilotos partiram para o grid, a maioria optou pelo pneu dianteiro duro, cm exceção do wild-card Tetsuta Nagashima, que calçou o médio. Na traseira, as opções foram mais variadas. O pole Marc Márquez foi de duro, Aleix Espargaró, as Ducati e a Pramac, Nagashima, as LCR, as KTM, as Tech3, as Suzuki, Fabio Quartararo e as RNF optaram pelo médio, enquanto Maverick Viñales, as Gresini, as VR46, Pol Espargaró e Franco Morbidelli optaram pelo macio.

Na saída para os boxes, foi possível perceber a lentidão com que os pilotos se dirigiram ao grid. Motegi é um traçado de alto consumo de combustível e, por isso, os competidores se preocuparam em poupar o máximo possível para evitar problemas na corrida de 24 voltas.

Antes da largada, uma série de mudanças na escolha de pneus: Miller, Marini, Bezzecchi, Rins, Bagnaia, Gardner, Fernández, Binder e Oliveira passaram para o traseiro duro. Morbidelli e Viñales trocaram para o traseiro médio. Marc e Alex Márquez foram para o macio traseiro. Nakagami escolheu o dianteiro duro.

Na hora da largada, os 32.152 espectadores viram Brad Binder tomar a ponta do pole-position Marc Márquez logo de cara, com Jorge Martín aparecendo para subi para terceiro. Aleix Espargaró, por outro lado, ao invés de ir para o grid para a largada, correu para os boxes para pegar a moto reserva e chegou até mesmo a derrubar a moto número 1.

A largada da MotoGP em Motegi (Vídeo: MotoGP)

Na pista, Miller logo atacou Márquez e saltou para a terceira colocação. Viñales vinha em sexto, diante de Zarco, Quartararo, Pol Espargaró e Marini, que tinha tido um toque com Fabio mais cedo. Bagnaia era só 11º.

Na volta três, Miller atacou Binder por dentro da 11 e avançou para o segundo posto, 0s4 atrás de Martín. Pouco depois, Jack tomou a liderança da corrida e de cara abriu uma pequena margem em relação ao espanhol da Pramac. O australiano vinha em um ritmo muito mais forte que os demais.

Espargaró tem problemas e faz troca de moto às pressas (Vídeo: MotoGP)

Na volta seis, Miller seguia com ritmo forte, ainda rodando em 1min45s, o que lhe fez abrir 0s5 de margem para Martín, que vinha forte, mas tão forte quanto. O único outro piloto no mesmo ritmo dos ponteiros era Aleix Espargaró, que ocupava apenas a 23ª colocação, 12s6 atrás do líder depois do problema na volta de aquecimento.

Se Binder não conseguia acabar, Oliveira partiu para cima do companheiro de equipe e avançou para o terceiro posto, 1s9 atrás de Martín. Mais atrás, Quartararo vinha em oitavo, com Bagnaia em décimo.

Protagonistas dos dois últimos GPs, Bastianini e Bagnaia voltaram a se encontrar. Depois de um duelo mais cedo, os dois repetiram a dose, com Enea atacando Pecco para tomar a décima colocação, 0s145 atrás de Pol Espargaró, o nono colocado.

Jack Miller tomou a liderança de Jorge Martín no Japão (Vídeo: MotoGP)

Na ponta, Miller ia em uma liga completamente separada. Rodando com um ritmo fortíssimo, o australiano abriu 1s708 de margem para Martín ainda com 15 voltas para o fim, mas o piloto da Pramac também tinha uma margem grande, mais de 3s de frente para Binder, que mais uma vez estava à frente de Oliveira.

Depois de passar Pecco, Bastianini seguiu para avançar em cima de Pol. Após tomar o nono posto, o italiano tinha Quartararo como alvo, mas 1s de atraso para o francês. Bagnaia conseguiu deixar a Honda #44 para trás pouco depois, com o caçula dos Espargaró tendo de se preocupar com a aproximação de Bezzecchi.

Com 13 voltas para o fim, Takuaya Tsuda precisou abandonar a corrida após a GSX-RR da Suzuki pegar fogo. O substituto de Joan Mir ainda conseguiu levar a moto para a área de escape, onde pulou da moto e foi socorrido pelos fiscais, que munidos por extintores de incêndio apagaram as chamas.

Suzuki de Tsuda em chamas a 13 voltas para o fim da corrida (Foto: MotoGP)

Com 11 voltas para o fim, Marini passou Viñales e avançou para a sexta colocação, 2s2 atrás de Marc Márquez. Mais atrás, Cal Crutchlow deixou Fabio Di Giannantonio pelo caminho para ser 16º.

Quartararo também não ficou parado esperando o tempo passar. Com nove voltas para o fim do GP do Japão, o piloto da Yamaha vinha chegado em Viñales para tentar a sétima colocação. Os dois estavam separados por 0s3.

No mesmo ponto da corrida, Álex Rins teve de abandonar por causa de um problema mecânico com a GSX-RR. Um jeito triste de a Suzuki se despedir da MotoGP em casa.

Com cinco voltas para o fim, Miller seguia confortavelmente isolado na ponta, mas Martín não estava mais tão seguro assim. Binder vinha em um ritmo forte, crescendo mais e mais. A diferença entre os dois tinha caído para 0s747.

Mais para trás, Bagnaia tinha alcançado Bastianini e atacado mais uma vez, recuperando a nona colocação, 0s611 atrás de Quartararo.

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