MotoGP: Destino de Acosta não deve ser pilotar uma Ducati
Diante do quadro de movimentações do mercado de pilotos, a avaliação é que Pedro Acosta deve ir para a Honda
O histórico de Pedro Acosta nas categorias de base da motovelocidade é impressionante. Além de ser campeão da Rookies Cup em 2020, o espanhol foi o primeiro novato a vencer a Moto3 na sua temporada de estreia desde Loris Capirossi, em 1990. Na Moto2, venceu três provas no primeiro ano e foi quinto no geral, mas em 2023, não deu chance aos adversários, com sete vitórias e o campeonato conquistado.
Em 2024, o novato chegou à MotoGP com todos os olhos voltados para ele. Pedro Acosta conseguiu dois pódios seguidos nas três primeiras etapas da MotoGP, superando uma marca de Marc Márquez que durava desde 2013, como o piloto mais jovem a conseguir pódios seguidos na categoria. Graças a isso, as comparações de que ele seria um “novo Márquez” começaram a tomar forma, e se esperava que ele pudesse bater o recorde de mais jovem a vencer na categoria- o que acabou não acontecendo.
O começo da temporada de 2025 de Acosta, no entanto, não é animador. O piloto é apenas o décimo terceiro no campeonato de pilotos e só conseguiu 16 pontos nas três etapas, ficando atrás de Brad Binder, seu companheiro de equipe, e empatado com Enea Bastianini, piloto da equipe satélite da KTM.
As especulações sobre seu futuro, no entanto, estão acontecendo desde o começo da temporada. Há uma grande expectativa entre sua escolha, já que seu contrato com a KTM termina no próximo ano, e as opções ficaram bem claras ao longo das semanas: VR46 ou Honda. Porém, o jornalista Manuel Pecino disse que Acosta não aceitará uma vaga satélite, por mais dominante que a equipe italiana tenha se tornado nos últimos anos.
Pecino acredita que o campeonato de Jorge Martin foi uma "coincidência" e que ele precisaria correr por uma equipe de ponta para levar o título. Mesmo que lhe oferecessem a chance de substituir Francesco Bagnaia como companheiro de equipe de Márquez, ele "nunca" aceitaria, pois sabe da preferência que a equipe tem pelo octacampeão mundial, e aparentemente duvida que ele possa derrotá-lo na mesma moto. Em vez disso, ele pode tentar se tornar o próximo piloto espanhol a levar a Honda às glórias que já estiveram no histórico da equipe.
Já para Kevin Schwantz, campeão de 1993 e lenda estadunidense da motovelocidade, se uma oportunidade surgir, Acosta deve aproveitá-la. O ex-piloto deu uma entrevista para a MotoGP durante o fim de semana de COTA e falou sobre o assunto:
"Acho que, por mais jovem que Pedro seja e que a KTM deu a ele suas chances até onde ele está agora, mas se ele não sentir que as coisas estão indo na direção que ele precisa, se os contratos terminarem e houver a possibilidade de ir para uma dessas equipes que estão na frente, acho que ele agarraria essa oportunidade porque nem sempre haverá essa possibilidade."
As possibilidades são diversas e o futuro de Pedro Acosta ainda é incerto, mas a certeza é que o jovem piloto ainda estará nos holofotes pelos próximos meses até que seu futuro esteja definido.