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Motociclismo

Retrospectiva 2022: Ducati fecha ano histórico com tríplice coroa e festa sem fim 

A Ducati é, com certeza, a 'inimiga do fim' da temporada de 2022. Afinal, a marca de Borgo Panigale venceu tudo que se era possível na MotoGP, com o grandioso título de Francesco Bagnaia no comando da GP22

7 dez 2022 - 05h16
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Francesco Bagnaia deu à Ducati o segundo título na MotoGP
Francesco Bagnaia deu à Ducati o segundo título na MotoGP
Foto: Divulgação/MotoGP / Grande Prêmio

Em 2022, Francesco Bagnaia colocou um ponto final em um longo — e amargo — jejum de títulos da Ducati e coroou o trabalho de Gigi Dall'Igna à frente da Ducati Corse, a divisão de corridas da marca de Borgo Panigale. E como o tempo de 'seca' era grande, a festa das conquistas também não poderia ser curta. Afinal, os italianos saem de 2022 com a Tríplice Coroa do Mundial de Motovelocidade.

A GP22 era, com certeza, a moto a ser batida. Francesco Bagnaia, após uma temporada muito regular no ano passado, também chegou com favoritismo. E, além de tudo isso, a força da Desmosedici no grid era inabalável: oito motos vermelhas distribuídas entre os times satélites. Nem todas do ano, é verdade, mas muito competitivas. 

Mas, embora na teoria o cenário parecesse perfeito, nem tudo foi tão simples assim. A marca de Borgo Panigale tardou em pegar a mão com a nova moto e isso também se refletiu na impaciência do pupilo de Valentino Rossi. Na primeira metade do ano, ele abandonou quatro corridas e chegou a abrir impressionantes 91 pontos de atraso em relação ao francês da Yamaha.

Campeões: Francesco Bagnaia e Ducati
Campeões: Francesco Bagnaia e Ducati
Foto: Ducati / Grande Prêmio

Só que, diferente de 2021, quando a consistência do campeão Fabio Quartararo pesou a balança pelo título, Pecco soube reagir rápido. E protagonizou a maior recuperação já vista na MotoGP desde a adoção do atual sistema de pontos, em 1993. Com muitas vitórias e alguns pódios, o #63 devorou a vantagem de 'El Diablo', aproveitando, também, os tropicões do campeão vigente. A virada aconteceu só no GP da Austrália, antepenúltima prova do ano, dando ao italiano a oportunidade de selar o lugar na Torre dos Campeões já em Sepang.

No GP da Malásia, o #63 teve o primeiro match-point e fez o que precisava: venceu, apesar de uma enorme pressão de Enea Bastianini. Quartararo, porém, salvou na unha e levou a decisão para a última corrida do ano, em Valência, graças a um terceiro lugar. A diferença de 23 pontos entre eles, porém, deixou o caminho relativamente fácil para Pecco.

No circuito Ricardo Tormo, o italiano fez o necessário e, com um nono lugar, contou com a quarta colocação de Fabio Quartararo para assegurar o primeiro título da carreira na MotoGP. Para somar um ano verdadeiramente inesquecível da Ducati, a marca também levou o campeonato de Construtores — 192 pontos à frente da Yamaha — e o de Equipes — 117 tentos de vantagem sobre a KTM

Após o fim dos longos 15 anos de jejum, o chefão da Ducati, Claudio Domenicali parabenizou Bagnaia e ressaltou que o piloto de Torino nunca deixou de acreditar no título, mesmo quando as coisas pareciam muito difíceis. Claudio homenageou, ainda, o trio de comando: Gigi Dall'Igna, chefe da Ducati Corse, Paolo Ciabatti, diretor-esportivo, e Davide Tardozzi, chefe da equipe.

É também muito levado em conta a insistência do trabalho do diretor-técnico. Dall'Igna soube resolver os problemas técnicos da moto, mas a equipe também soube assegurar alguns dos melhores e mais empolgantes talentos da atualidade.

É por isso que, ainda que o campeonato tenha acabado, a celebração da Ducati tem todos os motivos e razões para ser duradoura. Por causa de Bagnaia, pela GP22, pelos títulos em 2022 e, acima de tudo, por construir um time vencedor.

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