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Motociclismo

Retrospectiva 2022: Moreira faz pole, flerta com pódio e encanta na estreia na Moto3

Joia do motociclismo brasileiro, o piloto de 18 anos estreou na classe menor do Mundial de Motovelocidade em 2022 com a igualmente novata MSi e logo de cara mostrou competitividade. O pódio ainda não veio, mas Diogo rodou entre os ponteiros, brigou com pilotos mais experientes e conquistou até a pole-position

9 dez 2022 - 05h46
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Diogo Moreira conquistou o oitavo posto no Mundial de Pilotos 2022
Diogo Moreira conquistou o oitavo posto no Mundial de Pilotos 2022
Foto: MSi / Grande Prêmio

Diogo Moreira foi um dos destaques da temporada 2022 da Moto3. Correndo com a novata MSi, o piloto de 18 anos assegurou o rótulo de 'Novato do Ano', disputou posição com gente mais experiente do que ele, flertou com o pódio e provou da sensação de largar da pole-position em um campeonato mundial.

Descoberto por Alex Barros no motocross brasileiro, Diogo fez as categorias de base da Espanha graças a um intercâmbio promovido pela cervejeira Estrella Galicia 0,0, então não chegou à Moto3 em um nível muito diferente dos pilotos que por lá estão. Antes do Mundial, Moreira passou por Mundial Júnior e Red Bull Rookies Cup, duas das categorias de base mais importantes da atualidade.

Diogo Moreira
Diogo Moreira
Foto: MSi / Grande Prêmio

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Com uma boa escola, a preparação para o Mundial estava feita. E o que se viu neste ano de estreia foi uma ode à educação. Com uma boa formação, que passou, inclusive pela Monlau — a mesma escola técnica que formou Álex e Marc Márquez —, Diogo se mostrou forte desde o início da temporada.

Vindo de um sexto lugar na temporada da Rookies Cup, onde também corria com uma moto KTM — somando quatro pódios, uma pole e duas voltas mais rápidas —, o #10 mostrou um excelente cartão de visitas já no GP do Catar, abertura da temporada: 18º no grid, Moreira fechou a disputa em Lusail em sexto.

Na Indonésia, foi ainda melhor na classificação: segundo. Mas, na hora de alinhar no grid, um problema técnico o forçou a sair do pit-lane. Na volta 9, a corrida chegou ao fim para o brasileiro. Na Argentina, onde recebeu grande apoio da torcida, já que é o mais próximo que corre de casa, Diogo largou em décimo e, mais uma vez, ficou em sexto.

No GP das Américas, Moreira fez um bom fim de semana, um que ele classifica como um dos melhores do ano, e garantiu a sexta posição no grid. O brasileiro se manteve na briga pelo pódio ao longo de toda a disputa, mas caiu na penúltima volta e não conseguiu completar.

Nos GPs de Portugal e França, Diogo conseguiu dois décimos lugares, enquanto a disputa na Itália trouxe um novo abandono e uma lesão: uma fratura no punho esquerdo. O ferimento condicionou os resultados nas duas etapas seguintes, rendendo o 16º lugar nos GPs da Alemanha e da Holanda.

As férias, porém, ofereceram o tempo de que ele precisava para se recuperar. Na Grã-Bretanha, Moreira fez história garantiu a pole-position, a primeira da carreira e a primeira do Brasil na Moto3. Na corrida, assegurou mais uma sexta colocação, resultado que repetiu na Áustria.

No GP de San Marino e da Riviera de Rimini, Diogo largou em terceiro e conquistou o sétimo posto. Aragão não foi uma corrida tão boa: 17º no grid, o #10 conseguiu escalar só até a 15ª posição.

No embarque para a fase asiática da temporada, Moreira mostrou adaptação rápida a circuitos desconhecidos. No Japão, saiu em 15º e fechou em sexto. Na Tailândia, classificou em quinto e foi sexto novamente. Na Austrália, de novo quinto no grid, com a sétima colocação.

No GP da Malásia, Moreira conseguiu o melhor resultado do ano: a quinta colocação depois de largar em 11º. No GP da Comunidade Valenciana, correndo no já conhecido circuito Ricardo Tormo, largou em quarto e fechou em oitavo.

Com o desempenho, fechou o ano na oitava colocação do Mundial de Pilotos, com 112 pontos e o título de melhor estreantes. Além disso, renovou com a MSi para seguir na Moto3 em 2023.

Mas não foi só a participação na Moto3 que impressionou. Em maio, Diogo foi liberado pela MSi para participar de uma etapa do Mundial de Supermoto em Alcarrás, na Espanha, na categoria S1. Usando uma Honda CRF450R, Diogo superou veteranos da modalidade como Thomas Chareyre e Lukas Hollbacher, cravou a pole e dominou a corrida 1, vencendo com 11s de vantagem. No domingo, venceu a 'FastRace', a corrida curta e caminhava para mais um triunfo dominante na corrida 2, mas, na volta 4, errou e caiu. Moreira levantou e voltou para a disputa na quinta posição, tratando de escalar o pelotão na sequência para ficar com o segundo posto e vitória geral na etapa.

Moreira chamou a atenção no ano de estreia e criou uma enorme expectativa para 2023. Pelo que mostrou até aqui, a empolgação dos fãs em torno dele tem total razão de ser.

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