Yamaha afirma que M1 perdeu "doçura" e foca no motor em teste em Valência
Diretor da Yamaha, Lin Jarvis falou ao serviço de streaming da MotoGP e reconheceu que a YZR-M1 não é mais uma moto tão doce quanto costumava ser. Dirigente contou que Franco Morbidelli deu um feedback positivo dos chassis testados nesta terça-feira (8) em Valência, mas sublinhou que a prioridade da equipe é acertar no motor
Diretor da Yamaha, Lin Jarvis reconheceu que a YZR-M1 perdeu um pouco da "doçura" pela que sempre foi reconhecida na MotoGP. O dirigente destacou, no entanto, que recebeu um feedback positivo de Franco Morbidelli nos testes desta terça-feira (8) em Valência em relação aos chassis avaliados, mas sublinhou que o foco principal é acertar a mão com o motor.
A Yamaha sempre foi famosa por ser uma moto fácil, com que todos os pilotos se encaixavam bem. Em 2022, porém, apenas Fabio Quartararo conseguiu ser competitivo com a M1. Enquanto o francês fechou o ano com o vice-campeonato, Morbidelli foi só 19º, 223 pontos atrás do campeão Francesco Bagnaia.
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Falando a Simon Crafar, repórter do serviço de streaming da MotoGP, Jarvis reconheceu que as motos de 2016 e 2019 foram as dóceis da marca, uma característica que foi perdida com uma mudança de motor que forçou alterações de chassi.
"Não há dúvidas de que, provavelmente, nossas motos conhecidas como mais doces que tivemos no passado foram as de 2016, que todo mundo amava, e a de 2019, que diziam que tinha aquele feeling de 2016", comentou Lin. "Em 2019, nós tínhamos uma moto forte, bom feeling, todo mundo gostava de pilotar e, de fato, quando mudamos a especificação do motor, tivemos de mudar o design do chassi, e não pudemos mais voltar para aquele design de chassi. Tentamos muitas diferentes soluções de chassi desde então para tentar recuperar aquele feeling super confiante, encontramos alguma coisa em 2021, Fabio estava muito feliz em 2021, especialmente com a dianteira da moto, que sentia que podia colocar em qualquer lugar, mas, perdemos um pouco da doçura que a Yamaha tinha no passado", admitiu.
Agora, a meta é conseguir um pacote mais equilibrado. Em Valência, primeiro dia de trabalho focado em 2023, a Yamaha conta com variações de chassis, e já recebeu indicações positivas de Morbidelli, embora Jarvis ainda não tivesse detalhes do feedback do ítalo-brasileiro.
"Nós não estamos tentando voltar a 2019, estamos tentando encontrar um pacote com melhor equilíbrio. Temos variações diferentes de chassi aqui hoje", anunciou. "Acabei de saber, e não fiquei muito nos boxes hoje, mas acabei de saber que Franky realmente gostou do que trouxemos hoje, então este é um bom sinal. Claro, ainda precisamos analisar. Eu acabei de saber disso. É, encorajador, mas preciso saber um pouco mais", explicou.
"Em termos de chassi. Um passo no chassi parece fazê-lo sentir que estamos, definitivamente, na direção certa. Ainda não ouvi os comentários do Fabio a respeito e não tenho certeza do que eles estão testando, pois Fabio estava com um pacote aerodinâmico diferente, pois na garagem de Fabio está manhã tinha quatro motos acertadas: uma moto de referência e três variações de coisas novas. Então é um dia muito intenso. Não podemos realmente analisar até chegarmos ao final do dia, mergulharmos profundamente nisso e entendermos o feedback que recebemos", ponderou.
O dirigente celebrou as boas condições climáticas, já que será o único teste antes da pré-temporada na Malásia, e aproveitou para alfinetar a programação de 2023, já que este mesmo evento no próximo ano será realizado no fim de novembro, quando as temperaturas devem estar muito baixas na região.
"Este é o único dia que temos antes de Sepang, então estou feliz que esteja sol e que o clima esteja perfeito para testar. Não tenho certeza se será a mesma coisa em 28 de novembro do ano que vem, mas essa é outra história", comentou.
Por fim, Jarvis considerou que, ainda que a Yamaha esteja trabalhando com variações de chassi, o componente mais importante em teste em Valência é o motor, um item que chave durante a disputa de 2022.
"Acho que o mais importante para nós aqui, era o teste do motor. Mais do que qualquer outra coisa", admitiu. "Ainda não ouvi o feedback hoje, mas imagino que seja bom, pois testamos em Misano, e Franky e Fabio foram positivos lá. Estou realmente curioso e é importante ouvi-los para saber onde estamos em comparação", declarou.
"Eu estou aqui trabalhando no meu papel, mas também estou curioso para ver todos os outros pilotos nas novas motos, para ver como estão se encaixando. Acho que vai ser ótimo ver as mudanças, Jack indo para a KTM, Raúl Fernández realmente mostrando o potencial dele indo para a Aprilia. Tem muitas coisas interessantes para ver hoje", encerrou.
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