MP de Milão abre investigação sobre venda do San Siro
Autoridades vão se concentrar no preço fixado pelo estádio
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, informou nesta segunda-feira (24) que o Ministério Público da cidade abriu uma investigação sobre o processo de venda do San Siro aos times da Internazionale e do Milan.
De acordo com o político italiano, que participou hoje de um evento na capital da região da Lombardia, o processo foi um ato "necessário".
"Estamos falando de um 'modelo 45', que significa o registro de atos que não constituem notícia de crime. Quando os cidadãos fazem uma denúncia, o MP abre um processo e depois decide como classificá-lo. O fato de eles classificarem dessa forma já é um passo adiante", avaliou Sala.
O foco dos investigadores milaneses será o preço pelo qual o histórico estádio e a área que o circunda foi vendido para os dois principais clubes do município. O valor de quase 200 milhões de euros foi estabelecido por uma agência de receitas controlada pelo Ministério da Economia e das Finanças.
A abertura da investigação aconteceu após Luigi Corbani, ex-vice-prefeito de Milão e promotor do comitê "Sì Meazza", que visa impedir a demolição do San Siro, ter apresentado uma denúncia ao órgão.
Além da denúncia de Corbani, que é centrada na adequação do preço de venda, o advogado do político, Giammarco Brenelli, apresentou uma queixa por "invasão de terras" em razão de alguns supostos episódios de atividades de perfuração na área do San Siro.
O futuro do local está em jogo há anos, tanto que Inter e Milan já tinham preparado um plano para demolir o estádio e construir uma nova moderna arena de propriedade compartilhada chamada "A Catedral", mas a ideia foi abandonada porque uma lei tornava impossível destruir o San Siro.
Um documento dos dois clubes afirma que a ideia de concluir a compra do San Siro está fixada para ser oficialmente alcançada até meados de julho deste ano. .