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Entre escorregões e "show", Taiti cativa Mineirão e arranca gritos de olé

17 jun 2013 - 17h52
(atualizado às 19h11)
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<p>Taiti fez comemoração em que simulou estar em uma canoa</p>
Taiti fez comemoração em que simulou estar em uma canoa
Foto: Bruno Santos / Terra

O Mineirão já viveu momentos históricos no futebol. Foi palco de títulos estaduais, de final de Copa Intercontinental e de memoráveis partidas ao longos dos anos, envolvendo grandes clubes do futebol brasileiro. Mas, nesta segunda-feira, o complexo esportivo viveu um momento diferente, ao ver o modesto e quase amador time do Taiti marcar um gol e cativar os 20.187 torcedores presentes, que apoiaram a seleção do começo ao fim no revés por 6 a 1 contra a Nigéria, pela Copa das Confederações.

Confira todos os vídeos da Copa das Confederações

Mais curioso time da competição, o Taiti era a maior atração da primeira fase justamente por ser a única seleção com status praticamente amador. Com 22 dos 23 jogadores atuando como "voluntários", já que 13 deles possuem outros empregos e nove são desempregados (apenas o meio-campista Vahirua é profissional), os taitianos foram ao Brasil com um único objetivo: marcar um gol. E, aos 9min do segundo tempo, cumpriram a meta e deixaram o Mineirão felizes.

O jogo começou difícil para o selecionado da Polinésia. Logo nos primeiros 10 minutos, a Nigéria fez dois gols, com Echiéjilé e Oduamadi, e escancarou a fragilidade adversária. Não foi o bastante: os taitianos ainda precisaram dar uns escorregões e tropeçar na bola algumas vezes até que a torcida mineira reconhecesse os esforços e os adotassem como  "time do coração".

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"Oooo, o Taiti chegooooou", "Taiti, Taiti, Taiti", "A, e, i, seleção do Taiti" foram os coros que tomaram conta das mais de 20 mil vozes no Mineirão presentes para o duelo menos aguardado da fase de grupos. E os taitianos sentiram o apoio popular, não sem antes levarem o terceiro, com Oduamadi. A equipe da Polinésia escutou as arquibancadas, ainda mais incendiadas por duas defesas heróicas de Samin, e foi para o ataque.

Um único lance de perigo no primeiro tempo, em cabeçada torta de Chong Hue, ajudou a cativar ainda mais o Mineirão. Mais ainda quando os taitianos decidiram "dar show": Bourebare deu entre as pernas de um rival, Caroine também, Vahirua bateu falta com perigo e um toque de bola quase consistente deu a posse ao time de vermelho. Os gritos de "olé" tomaram conta da plateia.

No segundo tempo, o Taiti voltou ovacionado. E retribuiu o carinho causando um dos momentos mais emocionantes da Copa das Confederações até aqui. Vahirua ganhou escanteio pela esquerda. Ele mesmo cruzou na segunda trave e Jonathan Tehau cabeceou para o fundo das redes, para emoção de todo o banco de reservas vermelho, que se levantou e foi para o abraço.

Em campo, os taitianos pareciam desacreditar do próprio feito e mal sabiam como comemorar. Fizeram uma dancinha meio confusa, se abraçaram e enlouqueceram o Mineirão, que veio abaixo.

O restante do jogo foi mera formalidade. A Nigéria fez mais três gol e consolidou a goleada, mas o dever taitiano na Copa das Confederações estava cumprido. Ao apito final, se abraçaram e, aos gritos uníssonos de "Taiti, Taiti, Taiti", agradeceram com aplausos ao apoio popular. Já podem voltar para casa em paz.

Fonte: Terra
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