Nigéria confia em velhos heróis para seguir contra Argentina
A Nigéria vai ao Beira-Rio nesta quarta-feira para jogar por sua sobrevivência na Copa do Mundo. Depois de eliminar a Bósnia em confronto direto no último sábado, os nigerianos agora atuam contra a temida Argentina com olhos voltados aos surpreendentes iranianos. Confiantes, porém, em dois antigos heróis: o goleiro Vincent Enyeama e o treinador Stephen Keshi.
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Nos últimos dez anos, poucos goleiros conseguiram o êxito que Enyeama teve diante de Messi em confronto na Copa passada. Em Johannesburgo, o nigeriano simplesmente praticou seis defesas em finalizações de Lionel. Eleito o melhor em duas partidas daquele Mundial, Vincent já está em sua terceira edição, mas ainda persegue uma classificação.
“Não é um jogo entre Messi e eu”, afirmou o goleiro na véspera do jogo. “Falam de Messi, mas há Higuaín, Agüero e Di María. Messi é um gênio, mas você não pode se esquecer dos outros. (...) Não é meu papel dizer aqui quais são, mas gosto de assistir a vídeos e ver fraquezas dos meus adversários”, disse o experiente nigeriano.
Keshi, por sua vez, tem algo raro no currículo. Só o egípcio Mahmoud El-Gohary e ele conseguiram ganhar a Copa Africana de Nações como jogador e treinador. Presente também como zagueiro na Copa de 94, Stephen viu do banco a derrota nigeriana para a Argentina por 2 a 1. Pouco depois, virou técnico, e levou Togo ao primeiro Mundial de sua história em 2006. Com a Nigéria, repetiu a dose.
“A campanha de 1994 manteve o futebol vivo na Nigéria”, diz o representante de uma geração histórica que jogou as oitavas de final nos Estados Unidos. Keshi nega a possibilidade de repetir a retranca do Irã contra os argentinos. “Cada jogo tem sua vida própria. Estou certo de que esse terá um estilo diferente”.
Se terá um estilo distinto, ao menos o jogo em Porto Alegre não opõe adversários desconhecidos. Os dois rivais se pegaram em 1994 (2 a 1 para Argentina), 2002 (1 a 0 para Argentina) e 2010 (1 a 0 para Argentina). Também decidiram o Mundial Sub-20 de 2005 (2 a 1 para a Argentina de Messi) e ainda duas Olimpíadas: em 1996, deu Nigéria por 3 a 2. Já em 2008, Di María marcou o único gol em Pequim.